Revista Adultos 4° trimestre 2023

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Lição 2- O Único Deus Verdadeiro e a Criação


Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 9 Julho de 2017


Texto Áureo
"E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor." (Mc 12.29)

Verdade Prática
Cremos em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis.

LEITURA DIÁRIA
Segunda -1 Co 8.6: O monoteísmo judaico é ratificado na fé cristã
Terça – Ne 9,6: Deus é o Supremo Criador e Provedor de todas as coisas
Quarta – Sl 33.9: Deus criou o universo pelo poder de sua Palavra
Quinta – Gn 2.7: A origem do ser humano é Deus
Sexta- Ap 4.11: Deus criou todas as coisas segundo a sua soberana vontade
Sábado – Rm 1.20: A existência de Deus é um fato
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 6:
4 Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR.
Gênesis 1:
1 NO princípio criou Deus os céus e a terra.

HINOS SUGERIDOS: 99, 216, 526 DA HARPA CRISTÃ



OBJETIVO GERAL
Mostrar que cremos em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
(I) Reconhecer que há somente um único Deus verdadeiro;
(II) Explicar porque o criacionismo e evolucionismo são antagónicos;
(III) Compreender a narrativa da criação.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, você crê que há somente um Deus verdadeiro e que Ele criou os céus e a Terra? Então não terá dificuldade no ensino desta lição. Deus é real e Ele se revela ao homem de diferentes maneiras, porém uma das formas que Ele se revela a nós é mediante a sua criação. O relato da criação da terra, do céu e do homem, não é uma alegoria. A narrativa da criação é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu exatamente como a Palavra de Deus afirma.

Quando o assunto é a criação do universo e da vida, sabemos que existem várias teorias que tentam explicar a origem de tudo, como por exemplo, a teoria do Big Bang e da Evolução. Mas, cremos que o universo e a vida não são produtos de uma evolução como alguns cientistas tentam afirmar ou o resultado da explosão de uma partícula. Cremos que o Deus é o grande Criador.

COMENTÁRIO PONTO CENTRAL
Cremos que um só Deus, o Pai Todo-Poderoso é o criador do céu e da terra.

INTRODUÇÃO
A doutrina de Deus é vasta, e nem mesmo os grandes tratados de teologia conseguem esgotar o assunto. O enfoque da presente lição é a unidade de Deus, o monoteísmo judaico-cristão e a obra da criação. Nosso objetivo é mostrar que há um abismo intransponível entre o criacionismo e o evolucionismo. Não há na Bíblia espaço para a teoria da evolução nas suas diversas versões.

l - O ÚNICO DEUS VERDADEIRO

1.O Shemá.
É o imperativo de um verbo hebraico que significa "ouvir, obedecer", o qual inicia o versículo que se tornou, ao longo dos séculos, a confissão de fé dos judeus: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR" (Dt 6.4). A cláusula final "é o único SENHOR" também se traduz por "o SENHOR é um" (Cl 3.20), conforme as versões espanhola Reina-Valera judaica, conhecida no Brasil como Bíblia Hebraica. A construção hebraica aqui permite ambas as traduções, de acordo com a declaração de Jesus: "o Senhor é um só!" (Mc 12.29, Tradução Brasileira). Há aqui um significado teológico importante, porque a mensagem não se restringe apenas ao monoteísmo, mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus ser um só, diz respeito tanto à "singularidade" quanto à "unidade" de Deus (Zc 14.9; Sl 86.10).

2. O monoteísmo.
É a crença em um só Deus e se distingue do politeísmo, a crença em vários deuses. As principais religiões monoteístas do planeta são o judaísmo (Dt 6.4; 2 Rs 19.15; Ne 9.6), o cristianismo (Mc 12.29; 1Co 8.6) e o islamismo.

Mas o monoteísmo islâmico não é bíblico. O deus Alá dos muçulmanos é outro deus, e não o mesmo Deus Javé da Bíblia. Alá era um dos deuses da Meca pré-islâmica, deus da tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé, que o adotou como a divindade de sua religião. O nome Alá não vem da Bíblia e nunca foi conhecido dos patriarcas, nem dos reis, nem dos profetas do Antigo Testamento, menos ainda dos apóstolos do Senhor Jesus.

Os teólogos muçulmanos se esforçam para fazer o povo crer que Alá é uma forma alternativa do nome do Deus Javé de Israel, mas evidências históricas e arqueológicas provam que Alá não veio dos judeus nem dos cristãos.

3. O monoteísmo judaico-cristão.
Jesus não somente ratificou o monoteísmo judaico do Antigo Testamento como também afirmou que o Deus Javé de Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo Deus que Ele revelou à humanidade (Jo 1.18), a quem todos os cristãos servem e amam acima de todas as coisas (Mc 12.29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo Deus do cristianismo; é o nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e gentios o mesmo Deus revelado por Jesus: "O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca" (At 22.14).

SÍNTESE DO TÓPICO l
Deus é único e verdadeiro.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Nossa maneira de compreender a Deus não deve basear-se em pressuposições a respeito dEle, ou em corno gostaríamos que Ele fosse. Pelo contrário: devemos crer no Deus que existe, e que optou por se revelar a nós através das Escrituras, O ser humano tende a criar falsos deuses, nos quais é fácil crer; deuses que se conformam com o modo de viver e com a natureza pecaminosa do homem. Essa é uma das características das falsas religiões.



Alguns até mesmo caem na armadilha de se desconsiderar a autorevelação divina para desenvolver um conceito de Deus que está mais de acordo com as suas fantasias pessoais do que com a Bíblia, que é a nossa fonte única de pesquisa, que nos permite saber que Deus existe e corno Ele é (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 125-6).

II - CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO

1. O modelo criacionista.
O criacionismo é a posição que propõe ser a origem do Universo e da vida resultado de um ato criador intencional. Essa cosmovisão é encarada com suspeita porque a comunidade científica incrédula a considera uma proposta meramente religiosa. É verdade que a explicação religiosa tem por base a fé (Hb 11.3), enquanto a explicação científica se fundamenta na evidência empírica. Mas existem variações em ambas as propostas. Descobertas ao longo dos séculos confirmam que causas inteligentes empiricamente detectáveis são necessárias para explicar as estruturas biológicas ricas em informação e a complexidade da natureza. Esse conceito é conhecido como Design Inteligente.

Criacionismo e Design Inteligente podem ser interligados, mas não são a mesma coisa. A proposta e a metodologia de ambos não são iguais, pois nem todo criacionista aceita a Teoria do Design Inteligente e vice-versa. O modelo científico do Design Inteligente propõe que o mundo foi criado, mas não tem como provar em laboratório que Deus o criou.

2. O modelo evolucionista.
É uma teoria que nunca se sustentou cientificamente, apesar de sua aparência científica (1 Tm 6.20). Tem por base pressupostos naturalistas, entre os quais a proposta darwinista da seleção natural se destaca como o principal mecanismo evolutivo. O naturalismo, a hipótese mais aceita para explicar o evolucionismo, ensina que organismos biológicos existentes evoluíram em um longo processo através das eras. É a cosmovisão favorável à ideia de que o universo e a vida vieram à existência por meio de processos de geração espontânea, sem intervenção de um ato criador, isto é, eles teriam evoluído até a complexidade atual por meio da seleção natural, a teoria da sobrevivência dos mais fortes. Mas tudo isso não passa de mera teoria que nunca pôde ser confirmada. O evolucionismo ateu exclui Deus da criação.

SÍNTESE DO TÓPICO II
O criacionismo e o evolucionismo são antagônicos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...] Quando consideramos a possibilidade de que Deus usou o processo evolucionário para criar ao longo de milhões de anos, confrontamo-nos com sérias consequências: a Palavra de Deus não é mais competente e o caráter de nosso Deus amoroso é questionado.
Já na época de Darwin, um dos principais evolucionistas entendia o problema de fazer concessão ao afirmar que Deus usou a evolução. Uma vez que você aceite a evolução e suas implicações para a história, então o homem está livre para escolher as partes da Bíblia que quer aceitar" (HAM, Ken, Criacionismo: verdade ou mito? 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp. 35,36).

III - A CRIAÇÃO

1. A criação do Universo.
Deus criou o universo do nada; é a chamada creatio ex nihilo da teologia judaico-cristã revelada na Bíblia. A narrativa do primeiro capítulo de Gênesis é entendida à luz do contexto bíblico. O ponto de partida da criação é: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1).

O verbo hebraico "criou" é bará, e este apresenta características peculiares: o sujeito da afirmação é sempre Deus, o Deus de Israel, e nunca foi aplicado a deuses estranhos; é um termo próprio para referir-se à ação criadora de Deus a fim de distinguir-se de toda e qualquer realização humana. Essa ideia do fiat divino, ou seja, do "faça-se", é apoiada em toda a Bíblia. Deus trouxe o universo à existência do nada e de maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade (SI 33.9; Hb 11.3; Ap 4.11).

2. A narrativa da criação em Gênesis 1.
No primeiro dia. Deus trouxe à existência a luz (Gn 1.3); no segundo, criou a expansão ou firmamento (vv.6-8); e, no terceiro, "disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca" (v.9). A essa porção seca Ele chamou terra e ao ajuntamento das águas, mares (v.10). Ainda no terceiro dia, surgiram os continentes com seus relevos e a vegetação (vv.9-13). Os corpos celestes: o sol, a lua e as estrelas aparecem no quarto dia (vv.14-19). As aves e os animais marinhos surgem no quinto dia (vv.20-23).

CONHEÇA MAIS
Criacionismo X evolucionismo
"Hoje, muitos cristãos afirmam que os milhões de anos de história da Terra se ajustam à Bíblia e que Deus usou o processo evolucionário para criar. Essa ideia não é uma invenção recente. Para conhecer mais, leia Criacionismo: verdade ou mito?, CPAD, p. 33).
3. A criação do ser humano. A raça humana teve sua origem em Deus, através de Adão (At 17.26; 1Co 15.45). O ser humano foi criado no sexto dia, como a coroa de toda a criação, e recebeu de Deus a incumbência de administrar a terra e a natureza. O homem não é meramente um animal racional, mas um ser espiritual criado à imagem e semelhança de Deus. A frase "Façamos o homem" (Gn 1.26), quer dizer: "Vamos fazer o ser humano", pois o termo hebraico usado para "homem" é adam, que significa "género humano". O ser humano criado por Deus se constitui em "macho e fêmea" (v.27). Esse ser humano recebeu diretamente de Deus o sopro em suas narinas (Gn 2.7). Em outro lugar, a Bíblia revela que Deus o fez um pouco menor do que os anjos (SI 8.5).

SÍNTESE DO TÓPICO III
A narrativa bíblica a respeito da criação é verdadeira.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Em Gênesis 1, a palavra hebraica para dia é yom. A maior parte do uso dela no Antigo Testamento é com o sentido de dia, dia literal; e, nas passagens em que o sentido não é esse, o contexto deixa isso claro.
Primeiro, yom é definido na primeira vez em que é usado na Bíblia (Gn 1.4,5) em seus dois sentidos literais: a porção clara do ciclo luz/trevas e todo o ciclo luz/trevas. Segundo, yom é usado com 'noite' e 'manhã'. Em todas as passagens em que essas duas palavras são usadas no Antigo Testamento, juntas ou separadas, e no contexto de yom ou não, elas sempre tem o sentido literal de noite ou manhã de um dia literal. Terceiro, yom é modificado por um número: primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, etc., o que em todas as passagens do Antigo Testamento indicam dias literais. Quarto, Gênesis 1.14 define literalmente yom em relação aos corpos celestiais" (HAM, Ken. Criacionismo: Verdade ou mito? 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 30).

CONCLUSÃO
Os ensinos inadequados sobre Deus e o Senhor Jesus Cristo exigiram da Igreja desde muito cedo uma definição sobre o assunto. Os principais credos iniciam declarando que Deus é o Criador de todas as coisas no céu e na terra. Trata-se de um resumo do que ensina a Bíblia desde Gênesis até Apocalipse. Era uma resposta aos diversos conceitos errôneos dos gnósticos sobre Deus. O contexto hoje exige uma resposta similar, pois são muitos os nossos desafios. Devemos estar preparados para combater a indiferença religiosa e o ceticismo à nossa volta que tanto têm contaminado vizinhos, colegas de escola e também do trabalho.

PARA REFLETIR
A respeito do único Deus verdadeiro e a criação, responda:
• Qual o significado teológico da expressão "é o único SENHOR" ou "o SENHOR é um"?
O significado está no fato de existir um só Deus, e de Deus ser um só. Tal expressão diz respeito tanto a "singularidade" quanto à "unidade" de Deus.
• Quem disse que o Deus de Israel é também o nosso Deus?
Cite a referência. O Senhor Jesus Cristo (Jo 1.18). Paulo também pregava isso (At 22.14).
• Qual foi o ponto de partida da criação?
"No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1).
• Como Deus trouxe o universo à existência?
Ele trouxe o universo à existência do nada.
• Qual o significado de adam, "homem", no relato da criação (Gn 1.26,27)?
O significado do termo hebraico usado para "homem" é adam, que significa "gênero humano".

fonte : http://www.ebd-escola.com.br


Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 9 Julho de 2017


Texto Áureo
"E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor." (Mc 12.29)

Verdade Prática
Cremos em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis.

LEITURA DIÁRIA
Segunda -1 Co 8.6: O monoteísmo judaico é ratificado na fé cristã
Terça – Ne 9,6: Deus é o Supremo Criador e Provedor de todas as coisas
Quarta – Sl 33.9: Deus criou o universo pelo poder de sua Palavra
Quinta – Gn 2.7: A origem do ser humano é Deus
Sexta- Ap 4.11: Deus criou todas as coisas segundo a sua soberana vontade
Sábado – Rm 1.20: A existência de Deus é um fato
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 6:
4 Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR.
Gênesis 1:
1 NO princípio criou Deus os céus e a terra.

HINOS SUGERIDOS: 99, 216, 526 DA HARPA CRISTÃ



OBJETIVO GERAL
Mostrar que cremos em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
(I) Reconhecer que há somente um único Deus verdadeiro;
(II) Explicar porque o criacionismo e evolucionismo são antagónicos;
(III) Compreender a narrativa da criação.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, você crê que há somente um Deus verdadeiro e que Ele criou os céus e a Terra? Então não terá dificuldade no ensino desta lição. Deus é real e Ele se revela ao homem de diferentes maneiras, porém uma das formas que Ele se revela a nós é mediante a sua criação. O relato da criação da terra, do céu e do homem, não é uma alegoria. A narrativa da criação é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu exatamente como a Palavra de Deus afirma.

Quando o assunto é a criação do universo e da vida, sabemos que existem várias teorias que tentam explicar a origem de tudo, como por exemplo, a teoria do Big Bang e da Evolução. Mas, cremos que o universo e a vida não são produtos de uma evolução como alguns cientistas tentam afirmar ou o resultado da explosão de uma partícula. Cremos que o Deus é o grande Criador.

COMENTÁRIO PONTO CENTRAL
Cremos que um só Deus, o Pai Todo-Poderoso é o criador do céu e da terra.

INTRODUÇÃO
A doutrina de Deus é vasta, e nem mesmo os grandes tratados de teologia conseguem esgotar o assunto. O enfoque da presente lição é a unidade de Deus, o monoteísmo judaico-cristão e a obra da criação. Nosso objetivo é mostrar que há um abismo intransponível entre o criacionismo e o evolucionismo. Não há na Bíblia espaço para a teoria da evolução nas suas diversas versões.

l - O ÚNICO DEUS VERDADEIRO

1.O Shemá.
É o imperativo de um verbo hebraico que significa "ouvir, obedecer", o qual inicia o versículo que se tornou, ao longo dos séculos, a confissão de fé dos judeus: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR" (Dt 6.4). A cláusula final "é o único SENHOR" também se traduz por "o SENHOR é um" (Cl 3.20), conforme as versões espanhola Reina-Valera judaica, conhecida no Brasil como Bíblia Hebraica. A construção hebraica aqui permite ambas as traduções, de acordo com a declaração de Jesus: "o Senhor é um só!" (Mc 12.29, Tradução Brasileira). Há aqui um significado teológico importante, porque a mensagem não se restringe apenas ao monoteísmo, mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus ser um só, diz respeito tanto à "singularidade" quanto à "unidade" de Deus (Zc 14.9; Sl 86.10).

2. O monoteísmo.
É a crença em um só Deus e se distingue do politeísmo, a crença em vários deuses. As principais religiões monoteístas do planeta são o judaísmo (Dt 6.4; 2 Rs 19.15; Ne 9.6), o cristianismo (Mc 12.29; 1Co 8.6) e o islamismo.

Mas o monoteísmo islâmico não é bíblico. O deus Alá dos muçulmanos é outro deus, e não o mesmo Deus Javé da Bíblia. Alá era um dos deuses da Meca pré-islâmica, deus da tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé, que o adotou como a divindade de sua religião. O nome Alá não vem da Bíblia e nunca foi conhecido dos patriarcas, nem dos reis, nem dos profetas do Antigo Testamento, menos ainda dos apóstolos do Senhor Jesus.

Os teólogos muçulmanos se esforçam para fazer o povo crer que Alá é uma forma alternativa do nome do Deus Javé de Israel, mas evidências históricas e arqueológicas provam que Alá não veio dos judeus nem dos cristãos.

3. O monoteísmo judaico-cristão.
Jesus não somente ratificou o monoteísmo judaico do Antigo Testamento como também afirmou que o Deus Javé de Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo Deus que Ele revelou à humanidade (Jo 1.18), a quem todos os cristãos servem e amam acima de todas as coisas (Mc 12.29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo Deus do cristianismo; é o nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e gentios o mesmo Deus revelado por Jesus: "O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca" (At 22.14).

SÍNTESE DO TÓPICO l
Deus é único e verdadeiro.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Nossa maneira de compreender a Deus não deve basear-se em pressuposições a respeito dEle, ou em corno gostaríamos que Ele fosse. Pelo contrário: devemos crer no Deus que existe, e que optou por se revelar a nós através das Escrituras, O ser humano tende a criar falsos deuses, nos quais é fácil crer; deuses que se conformam com o modo de viver e com a natureza pecaminosa do homem. Essa é uma das características das falsas religiões.



Alguns até mesmo caem na armadilha de se desconsiderar a autorevelação divina para desenvolver um conceito de Deus que está mais de acordo com as suas fantasias pessoais do que com a Bíblia, que é a nossa fonte única de pesquisa, que nos permite saber que Deus existe e corno Ele é (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 125-6).

II - CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO

1. O modelo criacionista.
O criacionismo é a posição que propõe ser a origem do Universo e da vida resultado de um ato criador intencional. Essa cosmovisão é encarada com suspeita porque a comunidade científica incrédula a considera uma proposta meramente religiosa. É verdade que a explicação religiosa tem por base a fé (Hb 11.3), enquanto a explicação científica se fundamenta na evidência empírica. Mas existem variações em ambas as propostas. Descobertas ao longo dos séculos confirmam que causas inteligentes empiricamente detectáveis são necessárias para explicar as estruturas biológicas ricas em informação e a complexidade da natureza. Esse conceito é conhecido como Design Inteligente.

Criacionismo e Design Inteligente podem ser interligados, mas não são a mesma coisa. A proposta e a metodologia de ambos não são iguais, pois nem todo criacionista aceita a Teoria do Design Inteligente e vice-versa. O modelo científico do Design Inteligente propõe que o mundo foi criado, mas não tem como provar em laboratório que Deus o criou.

2. O modelo evolucionista.
É uma teoria que nunca se sustentou cientificamente, apesar de sua aparência científica (1 Tm 6.20). Tem por base pressupostos naturalistas, entre os quais a proposta darwinista da seleção natural se destaca como o principal mecanismo evolutivo. O naturalismo, a hipótese mais aceita para explicar o evolucionismo, ensina que organismos biológicos existentes evoluíram em um longo processo através das eras. É a cosmovisão favorável à ideia de que o universo e a vida vieram à existência por meio de processos de geração espontânea, sem intervenção de um ato criador, isto é, eles teriam evoluído até a complexidade atual por meio da seleção natural, a teoria da sobrevivência dos mais fortes. Mas tudo isso não passa de mera teoria que nunca pôde ser confirmada. O evolucionismo ateu exclui Deus da criação.

SÍNTESE DO TÓPICO II
O criacionismo e o evolucionismo são antagônicos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...] Quando consideramos a possibilidade de que Deus usou o processo evolucionário para criar ao longo de milhões de anos, confrontamo-nos com sérias consequências: a Palavra de Deus não é mais competente e o caráter de nosso Deus amoroso é questionado.
Já na época de Darwin, um dos principais evolucionistas entendia o problema de fazer concessão ao afirmar que Deus usou a evolução. Uma vez que você aceite a evolução e suas implicações para a história, então o homem está livre para escolher as partes da Bíblia que quer aceitar" (HAM, Ken, Criacionismo: verdade ou mito? 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp. 35,36).

III - A CRIAÇÃO

1. A criação do Universo.
Deus criou o universo do nada; é a chamada creatio ex nihilo da teologia judaico-cristã revelada na Bíblia. A narrativa do primeiro capítulo de Gênesis é entendida à luz do contexto bíblico. O ponto de partida da criação é: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1).

O verbo hebraico "criou" é bará, e este apresenta características peculiares: o sujeito da afirmação é sempre Deus, o Deus de Israel, e nunca foi aplicado a deuses estranhos; é um termo próprio para referir-se à ação criadora de Deus a fim de distinguir-se de toda e qualquer realização humana. Essa ideia do fiat divino, ou seja, do "faça-se", é apoiada em toda a Bíblia. Deus trouxe o universo à existência do nada e de maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade (SI 33.9; Hb 11.3; Ap 4.11).

2. A narrativa da criação em Gênesis 1.
No primeiro dia. Deus trouxe à existência a luz (Gn 1.3); no segundo, criou a expansão ou firmamento (vv.6-8); e, no terceiro, "disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca" (v.9). A essa porção seca Ele chamou terra e ao ajuntamento das águas, mares (v.10). Ainda no terceiro dia, surgiram os continentes com seus relevos e a vegetação (vv.9-13). Os corpos celestes: o sol, a lua e as estrelas aparecem no quarto dia (vv.14-19). As aves e os animais marinhos surgem no quinto dia (vv.20-23).

CONHEÇA MAIS
Criacionismo X evolucionismo
"Hoje, muitos cristãos afirmam que os milhões de anos de história da Terra se ajustam à Bíblia e que Deus usou o processo evolucionário para criar. Essa ideia não é uma invenção recente. Para conhecer mais, leia Criacionismo: verdade ou mito?, CPAD, p. 33).
3. A criação do ser humano. A raça humana teve sua origem em Deus, através de Adão (At 17.26; 1Co 15.45). O ser humano foi criado no sexto dia, como a coroa de toda a criação, e recebeu de Deus a incumbência de administrar a terra e a natureza. O homem não é meramente um animal racional, mas um ser espiritual criado à imagem e semelhança de Deus. A frase "Façamos o homem" (Gn 1.26), quer dizer: "Vamos fazer o ser humano", pois o termo hebraico usado para "homem" é adam, que significa "género humano". O ser humano criado por Deus se constitui em "macho e fêmea" (v.27). Esse ser humano recebeu diretamente de Deus o sopro em suas narinas (Gn 2.7). Em outro lugar, a Bíblia revela que Deus o fez um pouco menor do que os anjos (SI 8.5).

SÍNTESE DO TÓPICO III
A narrativa bíblica a respeito da criação é verdadeira.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Em Gênesis 1, a palavra hebraica para dia é yom. A maior parte do uso dela no Antigo Testamento é com o sentido de dia, dia literal; e, nas passagens em que o sentido não é esse, o contexto deixa isso claro.
Primeiro, yom é definido na primeira vez em que é usado na Bíblia (Gn 1.4,5) em seus dois sentidos literais: a porção clara do ciclo luz/trevas e todo o ciclo luz/trevas. Segundo, yom é usado com 'noite' e 'manhã'. Em todas as passagens em que essas duas palavras são usadas no Antigo Testamento, juntas ou separadas, e no contexto de yom ou não, elas sempre tem o sentido literal de noite ou manhã de um dia literal. Terceiro, yom é modificado por um número: primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, etc., o que em todas as passagens do Antigo Testamento indicam dias literais. Quarto, Gênesis 1.14 define literalmente yom em relação aos corpos celestiais" (HAM, Ken. Criacionismo: Verdade ou mito? 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 30).

CONCLUSÃO
Os ensinos inadequados sobre Deus e o Senhor Jesus Cristo exigiram da Igreja desde muito cedo uma definição sobre o assunto. Os principais credos iniciam declarando que Deus é o Criador de todas as coisas no céu e na terra. Trata-se de um resumo do que ensina a Bíblia desde Gênesis até Apocalipse. Era uma resposta aos diversos conceitos errôneos dos gnósticos sobre Deus. O contexto hoje exige uma resposta similar, pois são muitos os nossos desafios. Devemos estar preparados para combater a indiferença religiosa e o ceticismo à nossa volta que tanto têm contaminado vizinhos, colegas de escola e também do trabalho.

PARA REFLETIR
A respeito do único Deus verdadeiro e a criação, responda:
• Qual o significado teológico da expressão "é o único SENHOR" ou "o SENHOR é um"?
O significado está no fato de existir um só Deus, e de Deus ser um só. Tal expressão diz respeito tanto a "singularidade" quanto à "unidade" de Deus.
• Quem disse que o Deus de Israel é também o nosso Deus?
Cite a referência. O Senhor Jesus Cristo (Jo 1.18). Paulo também pregava isso (At 22.14).
• Qual foi o ponto de partida da criação?
"No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1).
• Como Deus trouxe o universo à existência?
Ele trouxe o universo à existência do nada.
• Qual o significado de adam, "homem", no relato da criação (Gn 1.26,27)?
O significado do termo hebraico usado para "homem" é adam, que significa "gênero humano".

fonte : http://www.ebd-escola.com.br

Lição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia



Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 2 Julho de 2017

Texto Áureo
"Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pe 1.21)

Verdade Prática
Cremos na inspiração divina, verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão.

LEITURA DIÁRIA
- Segunda: Jr 36.1,2 - Deus mandou que suas palavras fossem escritas em um rolo
- Terça: 2Pe 3.2 - As Escrituras inspiradas por Deus dizem respeito ao Antigo e ao Novo Testamento
- Quarta: Mc 7.13 - O Senhor Jesus disse que a Bíblia é a Palavra de Deus
- Quinta: Jo 10.35 - As Escrituras Sagradas jamais falharão
- Sexta: Hb 4.12 - A Palavra de Deus é viva, poderosa e capaz de transformar vidas
- Sábado: Js 1.8 - A Bíblia é o manual de Deus para o
nosso bem

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.14-17
14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
15 E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;
17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.
HINOS SUGERIDOS: 306, 322, 499 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Conscientizar a respeito da inspiração divina, verbal e plenária da Bíblia Sagrada.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.



(I) Reconhecer a revelação e inspiração da Bíblia Sagrada;
(II) Mostrar a inspiração divina na Bíblia Sagrada;
(III) Explicar a inspiração plena e verbal da Bíblia Sagrada;
(IV) Saber que a Bíblia Sagrada é a nossa única regra de fé e prática.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste terceiro trimestre do ano estudaremos as principais doutrinas da fé cristã. O comentarista do trimestre é o pastor Esequias Soares, autor de diversos livros, graduado em Letras, Mestre em Ciência da Religião, presidente da Comissão de Apologética Cristã da CCADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil) e líder da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Bíblia é a revelação de Deus escrita para a humanidade. Disso decorre o fato de ela ser nossa exclusiva fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã. Essa inspiração é um fato singular que ocorreu na história da redenção humana. O enfoque da presente lição é sobre a importância e o significado dessa inspiração divina.

I - REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

1. Revelação.
A palavra "revelação", apocalipsis, em grego, significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido. Nas Escrituras, essa palavra é usada em relação a Deus, pois é Ele quem revela a si mesmo, a sua vontade e natureza e os demais mistérios. Ele "não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Am 3.7). Deus conhece tudo aquilo que está fora do alcance dos seres humanos. A busca da verdade, sem Deus, é vã e está destinada ao fracasso (1Co 1.21).
2. Inspiração.
É o registro dessa revelação sob a influência do Espírito Santo, que penetra até as profundezas de Deus (1Co 2.10-13). Divinamente inspirados são os 66 livros da Bíblia.
Os escritores sagrados foram os receptáculos da revelação: "homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21, ARA). Eles receberam os oráculos divinos de forma especial, exclusiva, única e milagrosa. Ninguém mais, além deles, foi usado por Deus dessa maneira específica.
Obs. ARA – Almeida Revista Atualizada
PONTO CENTRAL
Cremos na inspiração divina e autoridade da Bíblia Sagrada.

3. A forma de comunicação.
O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem (Jr 1.11-13). A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gl 1.11,12; 2 Pe 1.16-18; 13o 1.3) e do Espírito Santo (Ef 3.4,5).

A frase "veio a palavra do SENHOR a", "veio a mim a palavra do SENHOR" ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível. Essa forma de comunicação não aparece no Novo Testamento na comunicação divina aos apóstolos, exceto uma única vez no ministério de João Batista: "veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias" (Lc 3.2), pois ele é o último profeta da dispensação da lei (Lc 16.16).



SÍNTESE DO TÓPICO l
A Bíblia é a revelada e inspirada Palavra de Deus.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...] Um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma pode ser encontrado em duas passagens principais, Pedro disse que os autores foram impelidos pelo Espírito Santo, e Paulo declarou que seus escritos foram soprados pelo próprio Deus. Portanto, a Bíblia alega que autores movidos pelo Espírito Santo expressaram as palavras inspiradas por Deus (2 Pé 1.20,21), Em suma, os escritos proféticos (do Antigo Testamento) não tiveram sua origem nos homens, mas em Deus, que agiu por meio de alguns homens chamados de profetas de Deus" (GEISLER, Norman. Teologia Sistemática: Introdução à Teologia Sistemática, a Bíblia, Deus, a Criação, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp. 213,214).

II-A INSPIRAÇÃO DIVINA

1. A inspiração divina.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus" (v.16, ARA). A palavra grega, aqui traduzida por "inspirada por Deus" ou "divinamente inspirada", é theopneustos. Ela só aparece uma única vez na Bíblia, vinda de duas palavras gregas: theos, "Deus", e pneo, "respirar, soprar". Isso significa que o texto sagrado foi "soprado por Deus".

A palavra teopneustia significa "inspiração divina da Bíblia". Segundo o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, de Caudas Aulete, o termo quer dizer "inspiração divina que presidiu à redação das Sagradas Escrituras". Josefo, o historiador judeu, e Fílon de Alexandria, disseram que as Escrituras são divinamente inspiradas, mas usaram outros termos.

2. Uma avaliação exegética.
Estamos acostumados com duas traduções: "toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa" e "toda Escritura é divina inspirada e proveitosa". Ambas as versões são permitidas à luz da gramática grega.

Mas a primeira é mais precisa, pois a conjunção grega kai, "e", aparece entre os dois adjetivos "inspirada" e "proveitosa". Isso significa que o apóstolo está afirmando duas verdades sobre a Escritura, a saber: divinamente inspirada e proveitosa; e não somente uma dessas duas coisas. Dizer que "toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa" pode dar margem para alguém interpretar que nem toda Escritura é inspirada.

3. Autoridade.
A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina. O selo dessa autoridade aparece em expressões como "assim diz o SENHOR" (Êx 5.1; Is 7.7); "veio a palavra do SENHOR" (Jr 1.2); "está escrito" (Mc 1.2). Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus (Mc 7.13; 1Pe 1.23-25).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Toda a Bíblia é inspirada por Deus.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Existem muitas palavras ou frases que a Bíblia utiliza para se auto-descre-ver e que sugerem uma reivindicação de autoridade divina. Jesus disse que a Bíblia é indestrutível e que ela jamais passará (Mt 5.17,18); ela é infalível, ou 'não pode ser anulada' (Jo 10.35); ela tem a autoridade final (Mt 4.4,7,10); e ela é suficiente para a nossa fé e prática (Lc 16.31)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 218).

III INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL

1. Inspiração plenária.
Tal expressão significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus.
O apóstolo Paulo deixa isso muito claro quando afirma que "toda a Escritura é divinamente inspirada". A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos. Todos têm o mesmo grau de inspiração e autoridade.

A Bíblia que Jesus e seus apóstolos usavam era formada pela Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos; essa terceira parte é encabeçada pelos Salmos (Lc 24.44).

O termo "Escritura" ou "Escrituras" que aparece no Novo Testamento refere-se a esse Cânon tripartido, que é o mesmo Antigo Testamento de nossa Bíblia. Cabe ressaltar que o apóstolo Paulo, ao afirmar que "toda a Escritura é divinamente inspirada", se referia também aos escritos apostólicos.

Os escritos dos apóstolos se revestiam da mesma autoridade dos livros do Antigo Testamento já desde a Era Apostólica. Inclusive, "profetas e apóstolos", às vezes, aparecem como termos intercambiáveis (2 Pé 3.2). O apóstolo Pedro considera ainda as epístolas paulinas como Escrituras (2 Pe 3.15,16). O apóstolo Paulo ensinava:

"Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário" (1Tm 5.18). O apóstolo aqui coloca lado a lado citações da lei de Moisés (Dt 25-4) e dos Evangelhos (Mt 10.10; Lc 10.7), chamando ambas de "Escritura". Outras vezes, ele deixa claro que seus escritos são de origem divina (2 Co 13.3; 1Ts 2.13). Isso nos permite afirmar que a frase "Toda Escritura é divinamente inspirada" se refere à Bíblia completa, aos 66 livros do Antigo e Novo Testamento.

2. Inspiração verbal.
Essa característica bíblica significa que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo (1 Co 2.13); e também que as ideias vieram de Deus (2 Pé 1.21).
O tipo de linguagem, o vocabulário, o estilo e a personalidade são diversificados nos textos bíblicos porque Deus usou cada escritor em sua geração e em sua cultura, com seus diversos graus de instrução. Isso mostra que quem produziu esses livros sagrados eram seres humanos que viveram em várias regiões e pertenceram a diversas gerações desde Moisés até o apóstolo João, passaram-se cerca de mil anos. Eles não foram tratados como meras máquinas, mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo. Deus "soprou" nos escritores sagrados. Uns produziram som de flauta e outros de trombetas, mas era Deus quem soprava. Assim, eles produziram esse maravilhoso som que são as Escrituras Sagradas.

SÍNTESE DO TÓPICO III
A inspiração da Bíblia Sagrada é plena e verbal.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Apesar do mistério que ronda o modo como Deus fez com que sua palavra fosse fiel sem destruir a liberdade e a personalidade dos autores humanos, existem algumas coisas que ficam muito claras. Os autores humanos não eram simplesmente secretários que anotavam algo que estava sendo ditado a eles; a sua liberdade não foi suspensa nem negada. Eles não foram autômatos. As suas palavras correspondiam ao seu desejo, no estilo em que estavam acostumados a escrever. Na sua providência, Deus promoveu uma concordância divina entre as palavras deles e as suas" (HORTON, Stanley M, Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 222).

CONHEÇA MAIS


A Septuaginta (LXX)
A versão padrão em grego [do Antigo Testamento], produzida em Alexandria, é conhecida como Septuaginta (LXX), que é a palavra latina para 'setenta'. Essa tradução foi, sem dúvida, realizada durante os séculos III e II a.C.," e "não foi projetada para ter as mesmas finalidades funcionais do AT hebraico, pois seu propósito era para ser lida publicamente nas Sinagogas, ao contrário dos propósitos educativos daqueles que precisavam do texto hebraico". Para conhecer mais, leia ,      Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, pp.1994-95.

IV - ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA

1. "Proveitosa para ensinar".
O propósito das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus, pois elas "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2 Tm 3.15). São ensinos espirituais que não se encontram em nenhum lugar do mundo. A Bíblia revela os mistérios do passado como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus (Gn 2.1-4; Is 46.10; Lc 21.25-28).

2. A conduta humana.
A Bíblia corrige o erro e é útil para orientar a vida sendo "proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (v.16b). Uma das grandezas das Escrituras é a sua aplicabilidade na vida diária, na família, na igreja, no trabalho e na sociedade. Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e sabe o que é bom para suas criaturas. E essas orientações estão na Bíblia, o "manual do fabricante".

3. As traduções da Bíblia.
A autoridade e as instruções das Escrituras valem para todas as línguas em que elas forem traduzidas. É vontade de Deus que todos os povos, tribos, línguas e nações conheçam sua Palavra (Mt 28.19; At 1.8).
Em que idioma essa mensagem deve ser pregada? Hebraico? Grego? Aramaico? Não! Na língua do povo.
Os apóstolos citam diversas traduções gregas da Septuaginta no Novo Testamento. Isso mostra que a mesma inspiração do Antigo Testamento hebraico se manteve na Septuaginta. A citação de Salmos 8.4-6 em Hebreus 2.6-8 é um bom exemplo. A inspiração divina se conserva em outras línguas. Desde os tempos do Antigo Testamento, até hoje, Deus se manifestou e se manifesta a cada um de seus servos e suas servas no seu próprio idioma.

SÍNTESE DO TÓPICO IV
A Bíblia Sagrada é a nossa única regra de f é e prática.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem como se esta fora escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua.

Por exemplo, ao lermos 'O Peregrino' sabemos que ele é inglês; ao lermos 'Em seus passos que faria Jesus?' sabemos que é norte-americano, porque seus autores são oriundos desses países. É assim com a Bíblia? Não! Nós a recebemos como 'nossa'. Isso acontece em qualquer país onde ela chega. Ninguém tem a Bíblia como livro 'dos outros'. Isto prova que ela procede de Deus — o Pai de todos" (GILBERTO, António. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 46).

Conclusão
Cremos que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade e que seu texto foi preservado e sua inspiração divina é mantida nas 2.935 línguas em que ela é traduzida (segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil). Que cada um possa receber a Bíblia sem restrição alguma, pois ela é a Palavra de Deus em qualquer língua em que vier a ser traduzida.

PARA REFLETIR
A respeito da inspiração divina e a autoridade da Bíblia, responda:
• Qual o significado da palavra teopneustia?
A palavra teopneustia significa "inspiração divina da Bíblia".
• De onde deriva a autoridade das Escrituras?
A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina.
• O que significa a expressão "inspiração plenária"?
Tal expressão significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus.
• O que significam as palavras "inspiração verbal"?
Significa que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo (1Co 2.13).
• Segundo a lição, qual é o propósito das Escrituras?
O propósito das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus.
fonte
www.ebd-escola.com.br



Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 2 Julho de 2017

Texto Áureo
"Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pe 1.21)

Verdade Prática
Cremos na inspiração divina, verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão.

LEITURA DIÁRIA
- Segunda: Jr 36.1,2 - Deus mandou que suas palavras fossem escritas em um rolo
- Terça: 2Pe 3.2 - As Escrituras inspiradas por Deus dizem respeito ao Antigo e ao Novo Testamento
- Quarta: Mc 7.13 - O Senhor Jesus disse que a Bíblia é a Palavra de Deus
- Quinta: Jo 10.35 - As Escrituras Sagradas jamais falharão
- Sexta: Hb 4.12 - A Palavra de Deus é viva, poderosa e capaz de transformar vidas
- Sábado: Js 1.8 - A Bíblia é o manual de Deus para o
nosso bem

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.14-17
14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
15 E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;
17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.
HINOS SUGERIDOS: 306, 322, 499 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Conscientizar a respeito da inspiração divina, verbal e plenária da Bíblia Sagrada.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.



(I) Reconhecer a revelação e inspiração da Bíblia Sagrada;
(II) Mostrar a inspiração divina na Bíblia Sagrada;
(III) Explicar a inspiração plena e verbal da Bíblia Sagrada;
(IV) Saber que a Bíblia Sagrada é a nossa única regra de fé e prática.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste terceiro trimestre do ano estudaremos as principais doutrinas da fé cristã. O comentarista do trimestre é o pastor Esequias Soares, autor de diversos livros, graduado em Letras, Mestre em Ciência da Religião, presidente da Comissão de Apologética Cristã da CCADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil) e líder da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Bíblia é a revelação de Deus escrita para a humanidade. Disso decorre o fato de ela ser nossa exclusiva fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã. Essa inspiração é um fato singular que ocorreu na história da redenção humana. O enfoque da presente lição é sobre a importância e o significado dessa inspiração divina.

I - REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

1. Revelação.
A palavra "revelação", apocalipsis, em grego, significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido. Nas Escrituras, essa palavra é usada em relação a Deus, pois é Ele quem revela a si mesmo, a sua vontade e natureza e os demais mistérios. Ele "não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Am 3.7). Deus conhece tudo aquilo que está fora do alcance dos seres humanos. A busca da verdade, sem Deus, é vã e está destinada ao fracasso (1Co 1.21).
2. Inspiração.
É o registro dessa revelação sob a influência do Espírito Santo, que penetra até as profundezas de Deus (1Co 2.10-13). Divinamente inspirados são os 66 livros da Bíblia.
Os escritores sagrados foram os receptáculos da revelação: "homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21, ARA). Eles receberam os oráculos divinos de forma especial, exclusiva, única e milagrosa. Ninguém mais, além deles, foi usado por Deus dessa maneira específica.
Obs. ARA – Almeida Revista Atualizada
PONTO CENTRAL
Cremos na inspiração divina e autoridade da Bíblia Sagrada.

3. A forma de comunicação.
O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem (Jr 1.11-13). A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gl 1.11,12; 2 Pe 1.16-18; 13o 1.3) e do Espírito Santo (Ef 3.4,5).

A frase "veio a palavra do SENHOR a", "veio a mim a palavra do SENHOR" ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível. Essa forma de comunicação não aparece no Novo Testamento na comunicação divina aos apóstolos, exceto uma única vez no ministério de João Batista: "veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias" (Lc 3.2), pois ele é o último profeta da dispensação da lei (Lc 16.16).



SÍNTESE DO TÓPICO l
A Bíblia é a revelada e inspirada Palavra de Deus.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...] Um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma pode ser encontrado em duas passagens principais, Pedro disse que os autores foram impelidos pelo Espírito Santo, e Paulo declarou que seus escritos foram soprados pelo próprio Deus. Portanto, a Bíblia alega que autores movidos pelo Espírito Santo expressaram as palavras inspiradas por Deus (2 Pé 1.20,21), Em suma, os escritos proféticos (do Antigo Testamento) não tiveram sua origem nos homens, mas em Deus, que agiu por meio de alguns homens chamados de profetas de Deus" (GEISLER, Norman. Teologia Sistemática: Introdução à Teologia Sistemática, a Bíblia, Deus, a Criação, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp. 213,214).

II-A INSPIRAÇÃO DIVINA

1. A inspiração divina.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus" (v.16, ARA). A palavra grega, aqui traduzida por "inspirada por Deus" ou "divinamente inspirada", é theopneustos. Ela só aparece uma única vez na Bíblia, vinda de duas palavras gregas: theos, "Deus", e pneo, "respirar, soprar". Isso significa que o texto sagrado foi "soprado por Deus".

A palavra teopneustia significa "inspiração divina da Bíblia". Segundo o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, de Caudas Aulete, o termo quer dizer "inspiração divina que presidiu à redação das Sagradas Escrituras". Josefo, o historiador judeu, e Fílon de Alexandria, disseram que as Escrituras são divinamente inspiradas, mas usaram outros termos.

2. Uma avaliação exegética.
Estamos acostumados com duas traduções: "toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa" e "toda Escritura é divina inspirada e proveitosa". Ambas as versões são permitidas à luz da gramática grega.

Mas a primeira é mais precisa, pois a conjunção grega kai, "e", aparece entre os dois adjetivos "inspirada" e "proveitosa". Isso significa que o apóstolo está afirmando duas verdades sobre a Escritura, a saber: divinamente inspirada e proveitosa; e não somente uma dessas duas coisas. Dizer que "toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa" pode dar margem para alguém interpretar que nem toda Escritura é inspirada.

3. Autoridade.
A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina. O selo dessa autoridade aparece em expressões como "assim diz o SENHOR" (Êx 5.1; Is 7.7); "veio a palavra do SENHOR" (Jr 1.2); "está escrito" (Mc 1.2). Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus (Mc 7.13; 1Pe 1.23-25).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Toda a Bíblia é inspirada por Deus.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Existem muitas palavras ou frases que a Bíblia utiliza para se auto-descre-ver e que sugerem uma reivindicação de autoridade divina. Jesus disse que a Bíblia é indestrutível e que ela jamais passará (Mt 5.17,18); ela é infalível, ou 'não pode ser anulada' (Jo 10.35); ela tem a autoridade final (Mt 4.4,7,10); e ela é suficiente para a nossa fé e prática (Lc 16.31)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 218).

III INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL

1. Inspiração plenária.
Tal expressão significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus.
O apóstolo Paulo deixa isso muito claro quando afirma que "toda a Escritura é divinamente inspirada". A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos. Todos têm o mesmo grau de inspiração e autoridade.

A Bíblia que Jesus e seus apóstolos usavam era formada pela Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos; essa terceira parte é encabeçada pelos Salmos (Lc 24.44).

O termo "Escritura" ou "Escrituras" que aparece no Novo Testamento refere-se a esse Cânon tripartido, que é o mesmo Antigo Testamento de nossa Bíblia. Cabe ressaltar que o apóstolo Paulo, ao afirmar que "toda a Escritura é divinamente inspirada", se referia também aos escritos apostólicos.

Os escritos dos apóstolos se revestiam da mesma autoridade dos livros do Antigo Testamento já desde a Era Apostólica. Inclusive, "profetas e apóstolos", às vezes, aparecem como termos intercambiáveis (2 Pé 3.2). O apóstolo Pedro considera ainda as epístolas paulinas como Escrituras (2 Pe 3.15,16). O apóstolo Paulo ensinava:

"Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário" (1Tm 5.18). O apóstolo aqui coloca lado a lado citações da lei de Moisés (Dt 25-4) e dos Evangelhos (Mt 10.10; Lc 10.7), chamando ambas de "Escritura". Outras vezes, ele deixa claro que seus escritos são de origem divina (2 Co 13.3; 1Ts 2.13). Isso nos permite afirmar que a frase "Toda Escritura é divinamente inspirada" se refere à Bíblia completa, aos 66 livros do Antigo e Novo Testamento.

2. Inspiração verbal.
Essa característica bíblica significa que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo (1 Co 2.13); e também que as ideias vieram de Deus (2 Pé 1.21).
O tipo de linguagem, o vocabulário, o estilo e a personalidade são diversificados nos textos bíblicos porque Deus usou cada escritor em sua geração e em sua cultura, com seus diversos graus de instrução. Isso mostra que quem produziu esses livros sagrados eram seres humanos que viveram em várias regiões e pertenceram a diversas gerações desde Moisés até o apóstolo João, passaram-se cerca de mil anos. Eles não foram tratados como meras máquinas, mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo. Deus "soprou" nos escritores sagrados. Uns produziram som de flauta e outros de trombetas, mas era Deus quem soprava. Assim, eles produziram esse maravilhoso som que são as Escrituras Sagradas.

SÍNTESE DO TÓPICO III
A inspiração da Bíblia Sagrada é plena e verbal.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Apesar do mistério que ronda o modo como Deus fez com que sua palavra fosse fiel sem destruir a liberdade e a personalidade dos autores humanos, existem algumas coisas que ficam muito claras. Os autores humanos não eram simplesmente secretários que anotavam algo que estava sendo ditado a eles; a sua liberdade não foi suspensa nem negada. Eles não foram autômatos. As suas palavras correspondiam ao seu desejo, no estilo em que estavam acostumados a escrever. Na sua providência, Deus promoveu uma concordância divina entre as palavras deles e as suas" (HORTON, Stanley M, Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 222).

CONHEÇA MAIS


A Septuaginta (LXX)
A versão padrão em grego [do Antigo Testamento], produzida em Alexandria, é conhecida como Septuaginta (LXX), que é a palavra latina para 'setenta'. Essa tradução foi, sem dúvida, realizada durante os séculos III e II a.C.," e "não foi projetada para ter as mesmas finalidades funcionais do AT hebraico, pois seu propósito era para ser lida publicamente nas Sinagogas, ao contrário dos propósitos educativos daqueles que precisavam do texto hebraico". Para conhecer mais, leia ,      Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, pp.1994-95.

IV - ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA

1. "Proveitosa para ensinar".
O propósito das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus, pois elas "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2 Tm 3.15). São ensinos espirituais que não se encontram em nenhum lugar do mundo. A Bíblia revela os mistérios do passado como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus (Gn 2.1-4; Is 46.10; Lc 21.25-28).

2. A conduta humana.
A Bíblia corrige o erro e é útil para orientar a vida sendo "proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (v.16b). Uma das grandezas das Escrituras é a sua aplicabilidade na vida diária, na família, na igreja, no trabalho e na sociedade. Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e sabe o que é bom para suas criaturas. E essas orientações estão na Bíblia, o "manual do fabricante".

3. As traduções da Bíblia.
A autoridade e as instruções das Escrituras valem para todas as línguas em que elas forem traduzidas. É vontade de Deus que todos os povos, tribos, línguas e nações conheçam sua Palavra (Mt 28.19; At 1.8).
Em que idioma essa mensagem deve ser pregada? Hebraico? Grego? Aramaico? Não! Na língua do povo.
Os apóstolos citam diversas traduções gregas da Septuaginta no Novo Testamento. Isso mostra que a mesma inspiração do Antigo Testamento hebraico se manteve na Septuaginta. A citação de Salmos 8.4-6 em Hebreus 2.6-8 é um bom exemplo. A inspiração divina se conserva em outras línguas. Desde os tempos do Antigo Testamento, até hoje, Deus se manifestou e se manifesta a cada um de seus servos e suas servas no seu próprio idioma.

SÍNTESE DO TÓPICO IV
A Bíblia Sagrada é a nossa única regra de f é e prática.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem como se esta fora escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua.

Por exemplo, ao lermos 'O Peregrino' sabemos que ele é inglês; ao lermos 'Em seus passos que faria Jesus?' sabemos que é norte-americano, porque seus autores são oriundos desses países. É assim com a Bíblia? Não! Nós a recebemos como 'nossa'. Isso acontece em qualquer país onde ela chega. Ninguém tem a Bíblia como livro 'dos outros'. Isto prova que ela procede de Deus — o Pai de todos" (GILBERTO, António. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 46).

Conclusão
Cremos que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade e que seu texto foi preservado e sua inspiração divina é mantida nas 2.935 línguas em que ela é traduzida (segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil). Que cada um possa receber a Bíblia sem restrição alguma, pois ela é a Palavra de Deus em qualquer língua em que vier a ser traduzida.

PARA REFLETIR
A respeito da inspiração divina e a autoridade da Bíblia, responda:
• Qual o significado da palavra teopneustia?
A palavra teopneustia significa "inspiração divina da Bíblia".
• De onde deriva a autoridade das Escrituras?
A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina.
• O que significa a expressão "inspiração plenária"?
Tal expressão significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus.
• O que significam as palavras "inspiração verbal"?
Significa que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo (1Co 2.13).
• Segundo a lição, qual é o propósito das Escrituras?
O propósito das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus.
fonte
www.ebd-escola.com.br

Lição 13: Jesus Cristo, o Modelo Supremo de Caráter



LIÇÃO 12 JOSÉ, O PAI TERRENO DE JESUS UM HOMEM DE CARÁTER



Lição 11 – Maria, Mãe de Jesus – uma Serva Humilde



 
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