Revista Adultos 4° trimestre 2023

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Jovens evangélicos fazem paródia com a canção “Ai se eu te pego” de Michel Teló (morro e não vejo tudo)



O vídeo postado em setembro no Youtube ganhou destaque através dos sites de humor

Jovens evangélicos fazem paródia com a canção “Ai se eu te pego” de Michel Teló
Dois jovens evangélicos resolveram fazer uma paródia gospel com a música “Ai Se eu Te Pego” uma canção de duplo sentido que é sucesso nas rádios de todo Brasil. Na versão evangélica é “Assim eu Prego” e o refrão “nossa, nossa” virou “glória, gloria”.
O vídeo foi postado por Paulo Peres no Youtube no dia 13 de setembro e já teve mais de 2.500 acessos. Várias pessoas comentaram elogiando a versão dos jovens, outras porém não gostaram da paródia.
O cantor Michel Telo não é evangélico, mas já fez participações no CD de Marcelo Aguiar cantando a música “Ao único que é Digno”, agora ele se prepara para gravar músicas românticas também com Marcelo Aguiar em parceria com Eduardo Costa.
Paródia / Original:
Glória, Glória! / Nossa, nossa
A Ele toda Glória! / Assim você me mata
Assim eu prego, Assim eu prego / Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego
Domingo, na igreja / Sábado na balada
O pastor me chamou para pregar / A galera começou a dançar
Me inspirei na palavra mais linda / E passou a menina mais linda
Tomei coragem e comecei a falar / Tomei coragem e comecei a falar
Glória, Glória! / Nossa, nossa
A Ele toda Glória! / Assim você me mata
Assim eu prego, Assim eu prego / Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego
Ouça a canção:
FONTE GOSPEL PRIME


O vídeo postado em setembro no Youtube ganhou destaque através dos sites de humor

Jovens evangélicos fazem paródia com a canção “Ai se eu te pego” de Michel Teló
Dois jovens evangélicos resolveram fazer uma paródia gospel com a música “Ai Se eu Te Pego” uma canção de duplo sentido que é sucesso nas rádios de todo Brasil. Na versão evangélica é “Assim eu Prego” e o refrão “nossa, nossa” virou “glória, gloria”.
O vídeo foi postado por Paulo Peres no Youtube no dia 13 de setembro e já teve mais de 2.500 acessos. Várias pessoas comentaram elogiando a versão dos jovens, outras porém não gostaram da paródia.
O cantor Michel Telo não é evangélico, mas já fez participações no CD de Marcelo Aguiar cantando a música “Ao único que é Digno”, agora ele se prepara para gravar músicas românticas também com Marcelo Aguiar em parceria com Eduardo Costa.
Paródia / Original:
Glória, Glória! / Nossa, nossa
A Ele toda Glória! / Assim você me mata
Assim eu prego, Assim eu prego / Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego
Domingo, na igreja / Sábado na balada
O pastor me chamou para pregar / A galera começou a dançar
Me inspirei na palavra mais linda / E passou a menina mais linda
Tomei coragem e comecei a falar / Tomei coragem e comecei a falar
Glória, Glória! / Nossa, nossa
A Ele toda Glória! / Assim você me mata
Assim eu prego, Assim eu prego / Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego
Ouça a canção:
FONTE GOSPEL PRIME

Campanha para ajudar Cauan Alves Tapety



Cauan Alves Tapety
Queridos amigos, Quando a necessidade bate à porta, temos de esquecer preconceitos, convenções, orgulho e pedir socorro! Dessa forma venho expor a vocês a situação delicada enfrentada pelo Clésio (meu irmão caçula)
em decorrência do problema de saúde de seu único filho Cauan (meu amado sobrinho).
Para quem ainda não sabe, Clésio, Juliana (sua esposa) e Cauan moram em São Paulo há mais de três anos, desde o nascimento do bebê, que é portador de atrofia no lado esquerdo do coração, na artéria aorta e nas artérias pulmonares.
Eu e Fabrício (meu irmão mais velho) resolvemos iniciar uma campanha para ajudá-los. Começamos com os familiares, mas, infelizmente, a ajuda que damos, mensalmente, não está sendo suficiente para manter as despesas. Assim, agora, estamos enviando a campanha aos amigos.
A patologia cardíaca de Cauan é rara, gravíssima e ele já realizou três das cirurgias “grandes” programadas, contudo necessita de uma manutenção rigorosa do seu estado de saúde, por meio de exames, medicações, alimentação especial, e outras terapias, o que, em conjunto, resultam em grande quantia todos os meses. Além disso, após a última cirurgia, Cauan vem sofrendo uma série de descompensações do seu quadro, o que tem exigido internações e cateterismos recorrentes. Provavelmente, necessitará de nova intervenção cirúrgica de grande porte.
Clésio é funcionário publico do MPU, nível médio. O seu plano do MPU é em sistema de co-participação (ele tem de entrar com 20% em todas as despesas hospitalares) e, fora do hospital, a equipe interdisciplinar (cardiologista, pediatra, fonoaudiólogo, fisioterapêuta, etc) que acompanha Cauan “cobra” particular. Sua dívida já ultrapassa meio milhão de reais.
Juliana não trabalha fora de casa e dedica-se, integralmente, aos cuidados com o filho e às atividades domésticas de rotina, pois não dispõe de babá ou de funcionária doméstica para ajudá-la.
Cauan é uma criança inteligente, alegre, forte e corajosa.
Pela demora nos processos, está complicado acionar a justiça para conseguir os medicamentos (muitos deles experimentais e de elevado custo), pois os remédios prescritos mudam em curto período de tempo, já que o tratamento é experimental (genuínas tentativas de erro e acerto). Outro fator complicador é que os medicamentos que poderiam ser doados pelo SUS, só o seriam se Cauan não tivesse plano de saúde.
Estou enviando alguns dados de Clésio, o cartaz (anexo) que ele escreveu contando seu problema e o endereço eletrônico do site “Pequenos Corações”, comunidade criada por pessoas que convivem ou conviveram com essa doença. Nesse site contém a história de várias crianças, inclusive, pormenorizadamente, a do Cauan com algumas de suas fotos. Acessem!
No final do cartaz mencionado anteriormente, Clésio escreve:
"Que a família precisa de ajuda, isso é fato. E aceita, com muita gratidão e emoção, qualquer ajuda, seja material, seja moral, seja até mesmo um simples pensamento positivo em benefício de Cauan”. Também é muito bem-vindo o auxilio por meio de orações em nome de Cauan Alves Tapety. Muito obrigado por qualquer ajuda, seja material, moral ou espiritual.”
.
Se possível, repassarem essa campanha para os seus amigos e colegas de trabalho.
Abraços a todos,
Zoraia Tapety
Cauan nasceu em 04/12/2007 com apenas meio coração (diagnóstico de Hipoplasia de Coração Esquerdo - SHCE, CID Q23-4), doença congênita rara e grave, onde o lado esquerdo do coração é subdesenvolvido e não pode bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Sem tratamento adequado, tal cardiopatia inevitavelmente leva o recém-nascido a óbito. A quase totalidade dos centros de saúde do país não têm tido sucesso na tentativa de salvar bebês que nascem com a doença. Um único centro de saúde do país (Beneficência Portuguesa de São Paulo - Hospital de Alto Custo) é o que tem obtido resultados mais animadores, trazendo esperança a famílias vindas de todas as regiões do Brasil. O destaque no tratamento dessa cardiopatia cabe às equipes do Dr. José Pedro da Silva e do Dr. Gláucio Furlanetto.
O tratamento consiste em três cirurgias cardíacas durante os primeiros dois anos de vida ou um transplante cardíaco. A dificuldade em encontrar um doador compatível para um recém-nascido, entretanto, faz com que a opção pelas cirurgias seja a primeira a ser levada em consideração.
O tratamento cirúrgico e o acompanhamento clínico pós-cirurgias, porém, envolvem muitas experiências difíceis e arriscadas. Além disso, as cirurgias não representam uma "cura" e a criança necessitará de atendimento médico especializado e grande número de medicações ao longo do tempo, muitas delas de alto custo.
Cauan, hoje com três anos de idade, já passou pelas três cirurgias previstas, não teve sequelas graves e é uma criança ativa e alegre. Seu tratamento fez com que sua família se mudasse para São Paulo, deixando a terra natal (Piauí), familiares e tudo o que construíram por lá.
Apesar de já ter superado as três etapas cirúrgicas, isso não exclui em definitivo a possibilidade de outras cirurgias ou mesmo de um transplante cardíaco. Cauan tem um quadro clínico delicado que necessita de atenção constante. São consultas mensais com médicos especializados (sendo que muitos deles só fazem consultas particulares), exames e internações frequentes em hospital de alto custo (BP/SP), bem como várias medicações (algumas delas também de alto custo) que fazem parte de sua rotina.
Seu pai é servidor público de nível médio e sua mãe não exerce sua profissão para dele cuidar em tempo integral. O salário da família, dessa forma, não é suficiente para arcar com toda a estrutura que Cauan necessita. Ao longo desses três anos, a família já se desfez de todo o seu patrimônio relevante e acumula dívidas bancárias para arcar com as necessidades especiais do único filho.
Recentemente, Cauan tem apresentado alguns problemas de saúde que levaram a equipe médica a experimentar o uso de alguns medicamentos de alto custo na tentativa de mantê-lo estável.
Cabe ressaltar que a família sempre tenta buscar o fornecimento gratuito concedido pelo governo e já recebe deste auxílio na concessão apenas de suplemento alimentar, vez que a lista de remédios de Cauan não é constante, o que torna difícil pleitear medicação A ou B, por tempo X ou Y, seguindo exigências rígidas da administração pública para a concessão de medicamentos especiais e de alto custo.
Para quem não sabe, não são todos os medicamentos que o Estado fornece com facilidade. Muitos pensam que basta apresentar uma receita médica do SUS em qualquer posto de saúde para receber qualquer medicação. Para certos medicamentos especiais e de alto custo, é exigido um rigoroso e burocrático procedimento administrativo, que leva meses para ter uma resposta positiva, quando tem. Alguns parâmetros clínicos exigidos pelo Governo para a concessão de alguns medicamentos especiais também fazem com que o caso do Cauan seja indeferido. De fato, alguns medicamentos que Cauan faz uso eventual são experimentais no tratamento de crianças cardíacas, o que leva o Governo a não considerar certos casos dentro de seus parâmetros. Alguns remédios nem mesmo são produzidos para crianças, não havendo, por exemplo, versões infantis. É preciso manipulá-los, diluí-los e adaptar a dosagem. Além disso, para a concessão de certos medicamentos, ainda há a exigência de que o tratamento seja feito pelo SUS, não sendo este o caso de Cauan, que faz tratamento por plano de saúde (e também por consultas particulares) em unidade não conveniada pelo SUS para fornecer certos medicamentos. Não poderia ser diferente: se fosse dispensado o tratamento especializadíssimo que recebe, para ser tratado pelo SUS, seguramente não estaria mais vivo.
Vale lembrar que crianças vivas com SHCE são raras e os tratamentos são novos e experimentais. É claro também que a família analisa a possibilidade de fazer uso da via judicial para exigir concessão de alguns medicamentos, mas a questão é complexa e merece um estudo mais profundo, pois pode representar um custo e uma demora que talvez não compensem o esforço. As medicações que Cauan usa mudam constantemente, dependendo do seu quadro clínico. No momento, a equipe médica experimenta algumas medicações caras, mas isso pode se mostrar insatisfatório de um momento para outro, o que fará a equipe médica mudar os elementos do coquetel diário que ele toma. Tal inconstância no seu quadro de medicações dificulta muito a prova administrativa e mesmo judicial da rigorosa necessidade por tempo específico de um ou outro medicamento. Não há estabilidade, uniformidade ou previsões possíveis nem a curto, nem a médio, nem a longo prazo. Não é possível para a família provar muita coisa. Custos, necessidades, gastos ou despesas mensais líquidas, certas, definidas... Tudo muda a cada amanhecer. Lista de medicamentos que irá tomar por X período de tempo é impossível definir, pois isso muda com muita facilidade. Ao entrar com um pedido administrativo ou mesmo com um ação judicial hoje, pleiteando alguma medicação, pode ser que amanhã, ao sair uma decisão, ele já não esteja mais precisando daquela medicação e já esteja tomando outra.
Dessa forma, por enquanto, a família tenta viver um dia de cada vez, obviamente procurando todas as vias possíveis para conseguir ajuda, seja governamental, seja privada, seja via administrativa, seja via judicial. Toda essa explicação longa e demorada é uma tentativa de mostrar a complexidade que é cuidar de uma criança com necessidades especiais e variáveis, bem como o motivo pelo qual nem sempre a solução que alguém de fora apresenta à família é seguida.
Por quê não pedir para o Governo? Por quê não entrar com uma "liminar"? Por quê não exigir do plano de saúde?
Por quê não fazer tratamento pelo SUS? Por quê não buscar ajuda aqui ou acolá?
São muitos porquês e a família não tem resposta imediata para nenhum deles. A única certeza é que sim, a família tenta de tudo, aqui e ali. Entretanto, a complexidade e a inconstância do tratamento e das necessidades de Cauan torna qualquer caminho incerto, duvidoso, delicado e difícil.
Não há como provar a grande maioria das exigências burocráticas que tanto Estado quanto particulares exigem para que forneçam ajuda. Que a família precisa de ajuda, isso é fato. E aceita, com muita gratidão e emoção, qualquer ajuda, seja material, seja moral, seja até mesmo um simples pensamento positivo em benefício de Cauan.
Mesmo assim, para os que necessitam de uma lista de medicamentos e suplementos do Cauan, o que se pode informar é a que segue no momento (em 14.02.2011), sem garantias de que seja a mesma amanhã:
Viagra (Citrato de Sildenafila 25mg)
Clexane (Enoxaparina Sódica 20mg)
Clorana 25mg
Furosemida 40mg
Hidralazina 25mg
Aldactone 25mg
Coumadin 1mg
Clotássio 100ml
L-Carnitina
Glutamina
Contatos para doações:
Para doações em medicamentos: (11) 8960-6813
Para doações em dinheiro: Banco do Brasil C/C 14.640-4 AG 0044-2
CPF: 578511233-72 (Clésio Ibiapina Tapety)


cx economica­ ­
conta 00021997-2
agencia 0029
operaçao 023­ ­

Para mensagens, apoio moral, sugestões ou dúvidas: cauantapety@gmail.com
São muito bem-vindas também preces e orações em nome de Cauan Alves Tapety.
Que Deus abençoe sua ajuda, seja em que forma for: material, moral ou espiritual.

Contatos para doações:
Celular do Clésio: (11) 8561-8323
Meu celular (Zoraia): (86) 9946-1866



Cauan Alves Tapety
Queridos amigos, Quando a necessidade bate à porta, temos de esquecer preconceitos, convenções, orgulho e pedir socorro! Dessa forma venho expor a vocês a situação delicada enfrentada pelo Clésio (meu irmão caçula)
em decorrência do problema de saúde de seu único filho Cauan (meu amado sobrinho).
Para quem ainda não sabe, Clésio, Juliana (sua esposa) e Cauan moram em São Paulo há mais de três anos, desde o nascimento do bebê, que é portador de atrofia no lado esquerdo do coração, na artéria aorta e nas artérias pulmonares.
Eu e Fabrício (meu irmão mais velho) resolvemos iniciar uma campanha para ajudá-los. Começamos com os familiares, mas, infelizmente, a ajuda que damos, mensalmente, não está sendo suficiente para manter as despesas. Assim, agora, estamos enviando a campanha aos amigos.
A patologia cardíaca de Cauan é rara, gravíssima e ele já realizou três das cirurgias “grandes” programadas, contudo necessita de uma manutenção rigorosa do seu estado de saúde, por meio de exames, medicações, alimentação especial, e outras terapias, o que, em conjunto, resultam em grande quantia todos os meses. Além disso, após a última cirurgia, Cauan vem sofrendo uma série de descompensações do seu quadro, o que tem exigido internações e cateterismos recorrentes. Provavelmente, necessitará de nova intervenção cirúrgica de grande porte.
Clésio é funcionário publico do MPU, nível médio. O seu plano do MPU é em sistema de co-participação (ele tem de entrar com 20% em todas as despesas hospitalares) e, fora do hospital, a equipe interdisciplinar (cardiologista, pediatra, fonoaudiólogo, fisioterapêuta, etc) que acompanha Cauan “cobra” particular. Sua dívida já ultrapassa meio milhão de reais.
Juliana não trabalha fora de casa e dedica-se, integralmente, aos cuidados com o filho e às atividades domésticas de rotina, pois não dispõe de babá ou de funcionária doméstica para ajudá-la.
Cauan é uma criança inteligente, alegre, forte e corajosa.
Pela demora nos processos, está complicado acionar a justiça para conseguir os medicamentos (muitos deles experimentais e de elevado custo), pois os remédios prescritos mudam em curto período de tempo, já que o tratamento é experimental (genuínas tentativas de erro e acerto). Outro fator complicador é que os medicamentos que poderiam ser doados pelo SUS, só o seriam se Cauan não tivesse plano de saúde.
Estou enviando alguns dados de Clésio, o cartaz (anexo) que ele escreveu contando seu problema e o endereço eletrônico do site “Pequenos Corações”, comunidade criada por pessoas que convivem ou conviveram com essa doença. Nesse site contém a história de várias crianças, inclusive, pormenorizadamente, a do Cauan com algumas de suas fotos. Acessem!
No final do cartaz mencionado anteriormente, Clésio escreve:
"Que a família precisa de ajuda, isso é fato. E aceita, com muita gratidão e emoção, qualquer ajuda, seja material, seja moral, seja até mesmo um simples pensamento positivo em benefício de Cauan”. Também é muito bem-vindo o auxilio por meio de orações em nome de Cauan Alves Tapety. Muito obrigado por qualquer ajuda, seja material, moral ou espiritual.”
.
Se possível, repassarem essa campanha para os seus amigos e colegas de trabalho.
Abraços a todos,
Zoraia Tapety
Cauan nasceu em 04/12/2007 com apenas meio coração (diagnóstico de Hipoplasia de Coração Esquerdo - SHCE, CID Q23-4), doença congênita rara e grave, onde o lado esquerdo do coração é subdesenvolvido e não pode bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Sem tratamento adequado, tal cardiopatia inevitavelmente leva o recém-nascido a óbito. A quase totalidade dos centros de saúde do país não têm tido sucesso na tentativa de salvar bebês que nascem com a doença. Um único centro de saúde do país (Beneficência Portuguesa de São Paulo - Hospital de Alto Custo) é o que tem obtido resultados mais animadores, trazendo esperança a famílias vindas de todas as regiões do Brasil. O destaque no tratamento dessa cardiopatia cabe às equipes do Dr. José Pedro da Silva e do Dr. Gláucio Furlanetto.
O tratamento consiste em três cirurgias cardíacas durante os primeiros dois anos de vida ou um transplante cardíaco. A dificuldade em encontrar um doador compatível para um recém-nascido, entretanto, faz com que a opção pelas cirurgias seja a primeira a ser levada em consideração.
O tratamento cirúrgico e o acompanhamento clínico pós-cirurgias, porém, envolvem muitas experiências difíceis e arriscadas. Além disso, as cirurgias não representam uma "cura" e a criança necessitará de atendimento médico especializado e grande número de medicações ao longo do tempo, muitas delas de alto custo.
Cauan, hoje com três anos de idade, já passou pelas três cirurgias previstas, não teve sequelas graves e é uma criança ativa e alegre. Seu tratamento fez com que sua família se mudasse para São Paulo, deixando a terra natal (Piauí), familiares e tudo o que construíram por lá.
Apesar de já ter superado as três etapas cirúrgicas, isso não exclui em definitivo a possibilidade de outras cirurgias ou mesmo de um transplante cardíaco. Cauan tem um quadro clínico delicado que necessita de atenção constante. São consultas mensais com médicos especializados (sendo que muitos deles só fazem consultas particulares), exames e internações frequentes em hospital de alto custo (BP/SP), bem como várias medicações (algumas delas também de alto custo) que fazem parte de sua rotina.
Seu pai é servidor público de nível médio e sua mãe não exerce sua profissão para dele cuidar em tempo integral. O salário da família, dessa forma, não é suficiente para arcar com toda a estrutura que Cauan necessita. Ao longo desses três anos, a família já se desfez de todo o seu patrimônio relevante e acumula dívidas bancárias para arcar com as necessidades especiais do único filho.
Recentemente, Cauan tem apresentado alguns problemas de saúde que levaram a equipe médica a experimentar o uso de alguns medicamentos de alto custo na tentativa de mantê-lo estável.
Cabe ressaltar que a família sempre tenta buscar o fornecimento gratuito concedido pelo governo e já recebe deste auxílio na concessão apenas de suplemento alimentar, vez que a lista de remédios de Cauan não é constante, o que torna difícil pleitear medicação A ou B, por tempo X ou Y, seguindo exigências rígidas da administração pública para a concessão de medicamentos especiais e de alto custo.
Para quem não sabe, não são todos os medicamentos que o Estado fornece com facilidade. Muitos pensam que basta apresentar uma receita médica do SUS em qualquer posto de saúde para receber qualquer medicação. Para certos medicamentos especiais e de alto custo, é exigido um rigoroso e burocrático procedimento administrativo, que leva meses para ter uma resposta positiva, quando tem. Alguns parâmetros clínicos exigidos pelo Governo para a concessão de alguns medicamentos especiais também fazem com que o caso do Cauan seja indeferido. De fato, alguns medicamentos que Cauan faz uso eventual são experimentais no tratamento de crianças cardíacas, o que leva o Governo a não considerar certos casos dentro de seus parâmetros. Alguns remédios nem mesmo são produzidos para crianças, não havendo, por exemplo, versões infantis. É preciso manipulá-los, diluí-los e adaptar a dosagem. Além disso, para a concessão de certos medicamentos, ainda há a exigência de que o tratamento seja feito pelo SUS, não sendo este o caso de Cauan, que faz tratamento por plano de saúde (e também por consultas particulares) em unidade não conveniada pelo SUS para fornecer certos medicamentos. Não poderia ser diferente: se fosse dispensado o tratamento especializadíssimo que recebe, para ser tratado pelo SUS, seguramente não estaria mais vivo.
Vale lembrar que crianças vivas com SHCE são raras e os tratamentos são novos e experimentais. É claro também que a família analisa a possibilidade de fazer uso da via judicial para exigir concessão de alguns medicamentos, mas a questão é complexa e merece um estudo mais profundo, pois pode representar um custo e uma demora que talvez não compensem o esforço. As medicações que Cauan usa mudam constantemente, dependendo do seu quadro clínico. No momento, a equipe médica experimenta algumas medicações caras, mas isso pode se mostrar insatisfatório de um momento para outro, o que fará a equipe médica mudar os elementos do coquetel diário que ele toma. Tal inconstância no seu quadro de medicações dificulta muito a prova administrativa e mesmo judicial da rigorosa necessidade por tempo específico de um ou outro medicamento. Não há estabilidade, uniformidade ou previsões possíveis nem a curto, nem a médio, nem a longo prazo. Não é possível para a família provar muita coisa. Custos, necessidades, gastos ou despesas mensais líquidas, certas, definidas... Tudo muda a cada amanhecer. Lista de medicamentos que irá tomar por X período de tempo é impossível definir, pois isso muda com muita facilidade. Ao entrar com um pedido administrativo ou mesmo com um ação judicial hoje, pleiteando alguma medicação, pode ser que amanhã, ao sair uma decisão, ele já não esteja mais precisando daquela medicação e já esteja tomando outra.
Dessa forma, por enquanto, a família tenta viver um dia de cada vez, obviamente procurando todas as vias possíveis para conseguir ajuda, seja governamental, seja privada, seja via administrativa, seja via judicial. Toda essa explicação longa e demorada é uma tentativa de mostrar a complexidade que é cuidar de uma criança com necessidades especiais e variáveis, bem como o motivo pelo qual nem sempre a solução que alguém de fora apresenta à família é seguida.
Por quê não pedir para o Governo? Por quê não entrar com uma "liminar"? Por quê não exigir do plano de saúde?
Por quê não fazer tratamento pelo SUS? Por quê não buscar ajuda aqui ou acolá?
São muitos porquês e a família não tem resposta imediata para nenhum deles. A única certeza é que sim, a família tenta de tudo, aqui e ali. Entretanto, a complexidade e a inconstância do tratamento e das necessidades de Cauan torna qualquer caminho incerto, duvidoso, delicado e difícil.
Não há como provar a grande maioria das exigências burocráticas que tanto Estado quanto particulares exigem para que forneçam ajuda. Que a família precisa de ajuda, isso é fato. E aceita, com muita gratidão e emoção, qualquer ajuda, seja material, seja moral, seja até mesmo um simples pensamento positivo em benefício de Cauan.
Mesmo assim, para os que necessitam de uma lista de medicamentos e suplementos do Cauan, o que se pode informar é a que segue no momento (em 14.02.2011), sem garantias de que seja a mesma amanhã:
Viagra (Citrato de Sildenafila 25mg)
Clexane (Enoxaparina Sódica 20mg)
Clorana 25mg
Furosemida 40mg
Hidralazina 25mg
Aldactone 25mg
Coumadin 1mg
Clotássio 100ml
L-Carnitina
Glutamina
Contatos para doações:
Para doações em medicamentos: (11) 8960-6813
Para doações em dinheiro: Banco do Brasil C/C 14.640-4 AG 0044-2
CPF: 578511233-72 (Clésio Ibiapina Tapety)


cx economica­ ­
conta 00021997-2
agencia 0029
operaçao 023­ ­

Para mensagens, apoio moral, sugestões ou dúvidas: cauantapety@gmail.com
São muito bem-vindas também preces e orações em nome de Cauan Alves Tapety.
Que Deus abençoe sua ajuda, seja em que forma for: material, moral ou espiritual.

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Celular do Clésio: (11) 8561-8323
Meu celular (Zoraia): (86) 9946-1866

Eu não tive escolha



Em nossa vida somos confrontados diariamente com diversas situações que exigem que façamos escolhas. Ponho a luva ou o anel?, já perguntava o poema de Cecilia Meireles. Vou ao culto ou ao jogo de futebol? Canto no louvor ou participo do grupo de teatro? Me torno professor ou faço concurso pra funcionário público? Caso ou compro uma bicicleta? Eu, você, todos nós temos que fazer escolhas todos os dias. Algumas são escolhas bobas, como que prato comer no almoço. Outras têm consequências graves e eternas, como a pessoa com quem vamos nos casar e compartilhar o resto de nossos dias e noites. Recentemente, uma pessoa conhecida tomou uma decisão que vai impactar seu destino, mas, aparentemente, não fez a opcão que mais desejava. E justificou-se com essa frase: “Eu não tive escolha”. Talvez você passe por situações assim ou esteja enfrentando neste exato momento um grande dilema, que exija de você escolhas que serão decisivas. Pois ouça o que vou te falar: ao tomar uma decisão você sempre tem escolha. Sempre.
Por quê? Pois Deus presenteou você com uma dádiva maravilhosa, chamada “livre-arbitrio”. Então, não se ofenda, por favor, mas um cristão dizer “eu não tive escolha” é um gesto de ingratidão a um presente extremamente generoso concedido por Deus. Além de, implicitamente, estar chamando o Criador de mentiroso. O Senhor deu o direito de livre escolha à humanidade desde Adão e Eva. Só que, do Eden até nossos dias, a humanidade se justifica ao fazer más escolhas com desculpas como “foi a serpente”, “foi a mulher que Tu me destes”, “eu não tive escolha” e frases do gênero. Então, se você parar pra pensar biblicamente, “eu não tive escolha” é uma frase antibíblica.
Na Biblia vemos isso muitas e muitas vezes. Pilatos tinha uma escolha e preferiu lavar as mãos do que libertar Jesus – porque havia uma multidão pressionando-o. Herodes tinha a escolha de não decapitar João Batista, mas como os olhos de todos na festa estavam voltados para ele, optou por executar o primo de Jesus e exibir a cabeça dele numa bandeja de prata. Arão tinha a escolha de não fazer o bezerro de ouro, mas o clamor popular o levou a cometer a abominação. O povo tinha a escolha de não construir a torre de Babel, mas só com a intervenção de Deus eles pararam a obra. Aos amigos de Noé foi dada a escolha de entrar ou não na arca, mas optaram por ignorar o que o homem de Deus lhes falou e acabaram morrendo de forma trágica. Judas tinha a escolha de não trair o Mestre, mas preferiu as trinta moedas – e acabou enforcado e com as tripas espalhadas pelo chão. Ananias e Safira tinham a escolha de serem honestos e sinceros quanto ao que desejavam em seu coração, mas decidiram agir com desonestidade e acabaram fulminados. Jacó tinha a escolha de casar-se com Lia, mas decidiu esperar sete longos anos para ficar com quem amava de fato. Moisés tinha a escolha de encarar sua escolha errada de matar o egipcio e se retratar, continuando a viver em paz no palácio, no Egito, mas optou fugir para Midiã, onde virou trabalhador braçal. Os irmãos de José tinham a escolha de não o tratarem como trataram, mas escolheram vendê-lo e, assim, fizeram dele um escravo.
Aliás, esse é o unico tipo de gente que não tem escolha: escravos. Esses não são donos de seus destinos. Fazem o que os outros querem. Escravos abrem mão de seus sonhos, seus desejos e suas vontades para viver vidas que não são suas. Que não lhes completam. Que são mentiras. Vem então a pergunta: na sua vida você é quem toma suas decisões ou é escravo da vontade alheia?
Porque, especialmente nós, que vivemos em igreja, sofremos muitas pressões. Pressão para trabalhar em algum departamento, pressão para se casar “na idade certa” e com “a pessoa adequada”, pressão para manifestar dons… pressão, pressão, pressão. E muitos são os que lavam as mãos e soltam Barrabás. “Eu não tive escolha”, dizem. Mas é claro que teve escolha! Só não teve peito de fazer a escolha de seu coração, encarar as pessoas e dizer “NÃO É ISSO O QUE EU QUERO! Não é esse o rumo que quero dar à minha vida.”. O clamor da multidão gritando “Crucifica-o! Crucifica-o!” levou Pilatos a se anular e seguir a escolha das massas. O resultado? Cruz para um inocente. Mas que ele tinha escolha… ah, isso tinha. “Não tinha como dizer não”, deve ter alegado. Então vou ensinar, repita comigo: “Não!“. Pronto, simples assim.
Vejo isso todos os dias. Pessoas vivendo infelizes ano após ano após ano porque fizeram as escolhas erradas. Porque cederam à pressão do grupo. No post “Solitários, carentes e infelizes” já tratei um pouco desse tema, mas volto a ele por continuar vendo cristãos estragarem suas vidas quando poderiam tomar outros rumos.
Se você faz uma escolha sob a pressão de situações e grupos, ao final todos voltam felizes para seus lares e vão cuidar de suas vidas. Mas quem fica ali, infeliz, é você. Sentindo-se míserável, um morto-vivo. Condenado ao choro escondido pelo resto de seus anos, encharcando de lágrimas seu travesseiro e seus bichos de pelúcia, numa tentativa desesperada de lidar com todas as frustrações que uma escolha errada causou. Tudo porque um dia não teve coragem de fazer a escolha certa – e entregou sua escolha numa bandeja de prata aos outros. Mas os outros não vão chorar por você ou com você! Vão cuidar de seus próprios problemas. Já parou pra pensar que nenhum daqueles que gritaram “Crucifica-o!” foi crucificado? E que nenhum dos que estavam no banquete com Herodes teve a cabeça arrancada  do corpo? Então para eles é fácil.
“Eu não tive escolha” é uma frase que não justifica nada. Em nome dessa frase, muitos de nós cometemos pecados bárbaros, seguimos por caminhos de morte, fazemos bezerros de ouro e criamos problemas que se não forem solucionados logo vão virar uma bola de neve que, depois, para ser resolvido, torna-se muito mais difícil e doloroso. Ou vira um decreto de infelicidade diária pelo resto da vida.
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, diz a Palavra de Deus.  Você é livre para fazer suas escolhas. É livre para tomar as rédeas da sua vida, mas também é livre para se tornar escravo. Pois sempre se tem escolha. Sim, é possível tornar-se escravo por desejo próprio, voluntariamente. E aqui um ponto importantíssimo: as suas escolhas podem não ser as mais populares ou fáceis de tomar. Mas, do ponto de vista bíblico, escolhas nunca foram feitas para serem populares ou fáceis. Foram feitas para serem certas ou erradas.
Pense em alguma escolha séria que você tenha feito recentemente. Esqueça tudo. Esqueça a pressão das pessoas. Esqueça a situação social em que a escolha foi feita. A única pergunta que você deve se fazer é: “A escolha foi certa ou errada?”. Se foi certa, vá em frente e siga em paz. Se foi errada, não importa o que te custe: conserte o erro. Pois, como diz a Palavra, “aquele que confessa e deixa alcança misericórdia”. Consertando um erro, você pode passar pelo que for…alcançará misericórdia.
A decisão certa, custe o que custar
Vou contar uma história que considero bem ilustrativa e que depois que tomei conhecimento passou a nortear muitas de minhas escolhas. É uma história verídica. Tenho um amigo pastor. No inicio de seu ministério você pode imaginar a pressão que era para ele se casar logo. Pastor solteiro não é lá muito bem visto, a gente sabe, então eram pessoas e mais pessoas e mais pessoas pressionando. “E aí, casa quando?”. “Vai ficar pra titio, hein”. “Você está sendo exigente demais”. “Melhor casar que abrasar-se”. “Todos os seus amigos já se casaram, e você, quando desencalha?”. E por aí vai. Então, para cumprir o manual da sociedade, ele ficou noivo de uma boa moça. Moça bacaninha, de família, até tocava teclado no louvor, veja você. A “candidata ideal”. A igreja e os parentes agora estavam satisfeitos. Mas o coração dele estava pesado, pois em seu íntimo sabia que não amava aquela moça o suficiente para construir com ela um projeto conjunto de vida. Mas fez o que os olhares ao seu redor esperavam dele. Ficou noivo. Marcou data. Encomendou buffet. Distribuiu os convites. Mas, a poucos dias do casamento, lendo a Biblia, caiu justamente no trecho sobre a morte de João Batista.
Diz o texto que Herodes estava num evento social, cercado de gente, e encantou-se tanto pela dança da filha de Herodias que lhe jurou que se ela pedisse algo ele lhe daria. E ela pediu a cabeça de João Batista. Diz o texto: “Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem; e deu ordens e decapitou a João no cárcere”.
Meu amigo leu isso e foi como um soco no estômago. Pois viu que estava comprometendo sua felicidade por toda a vida “por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa”. Estava se preparando para viver uma grande mentira. Pior: ao viver essa mentira, estava ainda por cima iludindo e enganando a noiva, fazendo-a se sentir alvo de um amor que na verdade não existia. Sendo desonesto com ela. Porque, sejamos sinceros, quem gostaria de se casar com alguém que não nos ama, por mais que nós a amemos? “Casamento por caridade? Não”, pensou meu amigo, que é um homem de Deus, “isso está errado”.
Então, apesar das criticas, do espanto geral e até de ofensas que sofreu, desmanchou o noivado. Foi difícil. Mas foi o certo. Anos depois ele conheceu sua atual esposa, com quem se casou. E adivinha só? Eu fui um dos padrinhos do casamento. E hoje eles vivem felizes, com uma filhinha simpatissíssima. Curioso é que hoje, na igreja e nas famílias. ninguém mais se lembra da história daquele noivado desfeito, caiu no esquecimento com o tempo. Mas meu amigo vive feliz e isso todos reparam sem que ele precise vestir máscaras. Esse pastor, inclusive, foi quem celebrou meu casamento e é meu amigo pessoal. Ele me diz que, apesar do estresse social que enfrentou ao desmanchar o noivado, nunca se arrependeu. O estresse passou, os anos se passaram, todavia a felicidade de ter seguido pelo caminho momentaneamente mais difícil porém correto… essa permanece até hoje.
Aí eu te pergunto: ele tinha escolha? Tinha, como sempre se tem. Tomou a decisão mais fácil e popular? Nem de longe. Mas hoje, anos depois, pergunte a ele se em algum momento se arrependeu de ter feito a escolha correta.
Deus nos deu o presente maravilhoso do livre-arbítrio. E muitas vezes usamos esse presente concedido do Alto como marinheiros embriagados. Não valorizamos esse dom. Queridos, Deus deu ao ser humano o direito de escolher! Você já parou para pensar em que enorme privilegio é ter a capacidade de escolha?!  Mas muitos de nós jogam esse presente no lixo, abrem mão dele e tocam suas vidas pela vontade alheia.
Você tem que fazer uma escolha? Está num momento crucial de sua vida?  Pois escute, querido, Deus te deu a capacidade, a liberdade e a honra de escolher.  Não desperdice isso. Não faça pouco caso dos tesouros que o Senhor te concede. Faça mais do que o que é certo: faça o que é  honesto. Honesto com você e com todos os envolvidos. Não viva uma mentira. Pois aí você nem mesmo estará vivendo: estará apenas sobrevivendo à infelicidade dos dias.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.


Em nossa vida somos confrontados diariamente com diversas situações que exigem que façamos escolhas. Ponho a luva ou o anel?, já perguntava o poema de Cecilia Meireles. Vou ao culto ou ao jogo de futebol? Canto no louvor ou participo do grupo de teatro? Me torno professor ou faço concurso pra funcionário público? Caso ou compro uma bicicleta? Eu, você, todos nós temos que fazer escolhas todos os dias. Algumas são escolhas bobas, como que prato comer no almoço. Outras têm consequências graves e eternas, como a pessoa com quem vamos nos casar e compartilhar o resto de nossos dias e noites. Recentemente, uma pessoa conhecida tomou uma decisão que vai impactar seu destino, mas, aparentemente, não fez a opcão que mais desejava. E justificou-se com essa frase: “Eu não tive escolha”. Talvez você passe por situações assim ou esteja enfrentando neste exato momento um grande dilema, que exija de você escolhas que serão decisivas. Pois ouça o que vou te falar: ao tomar uma decisão você sempre tem escolha. Sempre.
Por quê? Pois Deus presenteou você com uma dádiva maravilhosa, chamada “livre-arbitrio”. Então, não se ofenda, por favor, mas um cristão dizer “eu não tive escolha” é um gesto de ingratidão a um presente extremamente generoso concedido por Deus. Além de, implicitamente, estar chamando o Criador de mentiroso. O Senhor deu o direito de livre escolha à humanidade desde Adão e Eva. Só que, do Eden até nossos dias, a humanidade se justifica ao fazer más escolhas com desculpas como “foi a serpente”, “foi a mulher que Tu me destes”, “eu não tive escolha” e frases do gênero. Então, se você parar pra pensar biblicamente, “eu não tive escolha” é uma frase antibíblica.
Na Biblia vemos isso muitas e muitas vezes. Pilatos tinha uma escolha e preferiu lavar as mãos do que libertar Jesus – porque havia uma multidão pressionando-o. Herodes tinha a escolha de não decapitar João Batista, mas como os olhos de todos na festa estavam voltados para ele, optou por executar o primo de Jesus e exibir a cabeça dele numa bandeja de prata. Arão tinha a escolha de não fazer o bezerro de ouro, mas o clamor popular o levou a cometer a abominação. O povo tinha a escolha de não construir a torre de Babel, mas só com a intervenção de Deus eles pararam a obra. Aos amigos de Noé foi dada a escolha de entrar ou não na arca, mas optaram por ignorar o que o homem de Deus lhes falou e acabaram morrendo de forma trágica. Judas tinha a escolha de não trair o Mestre, mas preferiu as trinta moedas – e acabou enforcado e com as tripas espalhadas pelo chão. Ananias e Safira tinham a escolha de serem honestos e sinceros quanto ao que desejavam em seu coração, mas decidiram agir com desonestidade e acabaram fulminados. Jacó tinha a escolha de casar-se com Lia, mas decidiu esperar sete longos anos para ficar com quem amava de fato. Moisés tinha a escolha de encarar sua escolha errada de matar o egipcio e se retratar, continuando a viver em paz no palácio, no Egito, mas optou fugir para Midiã, onde virou trabalhador braçal. Os irmãos de José tinham a escolha de não o tratarem como trataram, mas escolheram vendê-lo e, assim, fizeram dele um escravo.
Aliás, esse é o unico tipo de gente que não tem escolha: escravos. Esses não são donos de seus destinos. Fazem o que os outros querem. Escravos abrem mão de seus sonhos, seus desejos e suas vontades para viver vidas que não são suas. Que não lhes completam. Que são mentiras. Vem então a pergunta: na sua vida você é quem toma suas decisões ou é escravo da vontade alheia?
Porque, especialmente nós, que vivemos em igreja, sofremos muitas pressões. Pressão para trabalhar em algum departamento, pressão para se casar “na idade certa” e com “a pessoa adequada”, pressão para manifestar dons… pressão, pressão, pressão. E muitos são os que lavam as mãos e soltam Barrabás. “Eu não tive escolha”, dizem. Mas é claro que teve escolha! Só não teve peito de fazer a escolha de seu coração, encarar as pessoas e dizer “NÃO É ISSO O QUE EU QUERO! Não é esse o rumo que quero dar à minha vida.”. O clamor da multidão gritando “Crucifica-o! Crucifica-o!” levou Pilatos a se anular e seguir a escolha das massas. O resultado? Cruz para um inocente. Mas que ele tinha escolha… ah, isso tinha. “Não tinha como dizer não”, deve ter alegado. Então vou ensinar, repita comigo: “Não!“. Pronto, simples assim.
Vejo isso todos os dias. Pessoas vivendo infelizes ano após ano após ano porque fizeram as escolhas erradas. Porque cederam à pressão do grupo. No post “Solitários, carentes e infelizes” já tratei um pouco desse tema, mas volto a ele por continuar vendo cristãos estragarem suas vidas quando poderiam tomar outros rumos.
Se você faz uma escolha sob a pressão de situações e grupos, ao final todos voltam felizes para seus lares e vão cuidar de suas vidas. Mas quem fica ali, infeliz, é você. Sentindo-se míserável, um morto-vivo. Condenado ao choro escondido pelo resto de seus anos, encharcando de lágrimas seu travesseiro e seus bichos de pelúcia, numa tentativa desesperada de lidar com todas as frustrações que uma escolha errada causou. Tudo porque um dia não teve coragem de fazer a escolha certa – e entregou sua escolha numa bandeja de prata aos outros. Mas os outros não vão chorar por você ou com você! Vão cuidar de seus próprios problemas. Já parou pra pensar que nenhum daqueles que gritaram “Crucifica-o!” foi crucificado? E que nenhum dos que estavam no banquete com Herodes teve a cabeça arrancada  do corpo? Então para eles é fácil.
“Eu não tive escolha” é uma frase que não justifica nada. Em nome dessa frase, muitos de nós cometemos pecados bárbaros, seguimos por caminhos de morte, fazemos bezerros de ouro e criamos problemas que se não forem solucionados logo vão virar uma bola de neve que, depois, para ser resolvido, torna-se muito mais difícil e doloroso. Ou vira um decreto de infelicidade diária pelo resto da vida.
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, diz a Palavra de Deus.  Você é livre para fazer suas escolhas. É livre para tomar as rédeas da sua vida, mas também é livre para se tornar escravo. Pois sempre se tem escolha. Sim, é possível tornar-se escravo por desejo próprio, voluntariamente. E aqui um ponto importantíssimo: as suas escolhas podem não ser as mais populares ou fáceis de tomar. Mas, do ponto de vista bíblico, escolhas nunca foram feitas para serem populares ou fáceis. Foram feitas para serem certas ou erradas.
Pense em alguma escolha séria que você tenha feito recentemente. Esqueça tudo. Esqueça a pressão das pessoas. Esqueça a situação social em que a escolha foi feita. A única pergunta que você deve se fazer é: “A escolha foi certa ou errada?”. Se foi certa, vá em frente e siga em paz. Se foi errada, não importa o que te custe: conserte o erro. Pois, como diz a Palavra, “aquele que confessa e deixa alcança misericórdia”. Consertando um erro, você pode passar pelo que for…alcançará misericórdia.
A decisão certa, custe o que custar
Vou contar uma história que considero bem ilustrativa e que depois que tomei conhecimento passou a nortear muitas de minhas escolhas. É uma história verídica. Tenho um amigo pastor. No inicio de seu ministério você pode imaginar a pressão que era para ele se casar logo. Pastor solteiro não é lá muito bem visto, a gente sabe, então eram pessoas e mais pessoas e mais pessoas pressionando. “E aí, casa quando?”. “Vai ficar pra titio, hein”. “Você está sendo exigente demais”. “Melhor casar que abrasar-se”. “Todos os seus amigos já se casaram, e você, quando desencalha?”. E por aí vai. Então, para cumprir o manual da sociedade, ele ficou noivo de uma boa moça. Moça bacaninha, de família, até tocava teclado no louvor, veja você. A “candidata ideal”. A igreja e os parentes agora estavam satisfeitos. Mas o coração dele estava pesado, pois em seu íntimo sabia que não amava aquela moça o suficiente para construir com ela um projeto conjunto de vida. Mas fez o que os olhares ao seu redor esperavam dele. Ficou noivo. Marcou data. Encomendou buffet. Distribuiu os convites. Mas, a poucos dias do casamento, lendo a Biblia, caiu justamente no trecho sobre a morte de João Batista.
Diz o texto que Herodes estava num evento social, cercado de gente, e encantou-se tanto pela dança da filha de Herodias que lhe jurou que se ela pedisse algo ele lhe daria. E ela pediu a cabeça de João Batista. Diz o texto: “Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem; e deu ordens e decapitou a João no cárcere”.
Meu amigo leu isso e foi como um soco no estômago. Pois viu que estava comprometendo sua felicidade por toda a vida “por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa”. Estava se preparando para viver uma grande mentira. Pior: ao viver essa mentira, estava ainda por cima iludindo e enganando a noiva, fazendo-a se sentir alvo de um amor que na verdade não existia. Sendo desonesto com ela. Porque, sejamos sinceros, quem gostaria de se casar com alguém que não nos ama, por mais que nós a amemos? “Casamento por caridade? Não”, pensou meu amigo, que é um homem de Deus, “isso está errado”.
Então, apesar das criticas, do espanto geral e até de ofensas que sofreu, desmanchou o noivado. Foi difícil. Mas foi o certo. Anos depois ele conheceu sua atual esposa, com quem se casou. E adivinha só? Eu fui um dos padrinhos do casamento. E hoje eles vivem felizes, com uma filhinha simpatissíssima. Curioso é que hoje, na igreja e nas famílias. ninguém mais se lembra da história daquele noivado desfeito, caiu no esquecimento com o tempo. Mas meu amigo vive feliz e isso todos reparam sem que ele precise vestir máscaras. Esse pastor, inclusive, foi quem celebrou meu casamento e é meu amigo pessoal. Ele me diz que, apesar do estresse social que enfrentou ao desmanchar o noivado, nunca se arrependeu. O estresse passou, os anos se passaram, todavia a felicidade de ter seguido pelo caminho momentaneamente mais difícil porém correto… essa permanece até hoje.
Aí eu te pergunto: ele tinha escolha? Tinha, como sempre se tem. Tomou a decisão mais fácil e popular? Nem de longe. Mas hoje, anos depois, pergunte a ele se em algum momento se arrependeu de ter feito a escolha correta.
Deus nos deu o presente maravilhoso do livre-arbítrio. E muitas vezes usamos esse presente concedido do Alto como marinheiros embriagados. Não valorizamos esse dom. Queridos, Deus deu ao ser humano o direito de escolher! Você já parou para pensar em que enorme privilegio é ter a capacidade de escolha?!  Mas muitos de nós jogam esse presente no lixo, abrem mão dele e tocam suas vidas pela vontade alheia.
Você tem que fazer uma escolha? Está num momento crucial de sua vida?  Pois escute, querido, Deus te deu a capacidade, a liberdade e a honra de escolher.  Não desperdice isso. Não faça pouco caso dos tesouros que o Senhor te concede. Faça mais do que o que é certo: faça o que é  honesto. Honesto com você e com todos os envolvidos. Não viva uma mentira. Pois aí você nem mesmo estará vivendo: estará apenas sobrevivendo à infelicidade dos dias.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.

“Pare de sofrer” é uma frase bíblica




Desde o surgimento da igreja neopentecostal, a frase ” Pare de sofrer” causa arrepios em qualquer cristão ortodoxo, que leve a Biblia a sério. Pois nós sabemos que uma igreja que pregue o Cristo que diz “aquele que quiser vir após mim tome sua cruz e siga-me” nunca diria que Jesus promete que você vai “parar de sofrer” nesta vida. Isso porque o Evangelho autêntico não nos promete apenas beneficios, mas sabe que seremos afligidos e exige de nós muitos sacrifícios. Afinal, dar a outra face, andar a segunda milha, orar pelos inimigos e perdoar quem nos faz mal não é pra qualquer um não, são exigências sacrificiais de um Deus que se sacrificou por nós. Diante disso, o que você, que busca a ortodoxia bíblica, falaria se eu dissesse que o lema da mais famosa igreja (?) neopentecostal,  “Pare de Sofrer”, é uma frase 100% canônica?
Calma, calma.  Antes que você ache que eu aderi a essa “igreja” neopentecostal e agora faço campanhas do óleo santo de Israel ou que frequento “cultos de milagres”, deixe-me explicar. Continuo tão ortodoxo, radical, dogmático e fundamentalista como antes – e, que me perdoem os moderninhos, mas não, esses termos para mim não são palavrões, não me ofendem nem um pouco. Pelo contrário, explicam conceitos teológicos claríssimos e nada antiquados ou ultrapassados que me orgulho de ter em meu cardápio teológico. Ou seja, Ortodoxo: continuo crendo na ortodoxia bíblica; Radical: continuo tendo minhas
raízes bem fincadas no terreno sólido da Palavra de Deus; Dogmático: continuo me guiando por dogmas bíblicos como Jesus sendo amor, a existência da Trindade e a pecaminosidade do homem; e Fundamentalista: continuo  tendo meus fundamentos cravados na Rocha inabalável que é Jesus de Nazaré. Mas, esta semana, num dos meus momentos de leitura bíblica, percebi que parte da humanidade foi feita de fato para parar de sofrer. Não agora. Não ainda. Mas sim, podemos prometer “pare de sofrer” a todo aquele a quem convidamos mediante a proclamação do Evangelho para uma vida em Jesus. Mas atenção, muita atenção: é uma promessa com hora marcada.
Na verdade, deixe-me fazer uma correção. A humanidade não foi feita para parar de sofrer, foi feita para não sofrer. Adão e Eva desconheciam o sofrimento. Vem o pecado e com ele a dor e suas variações. Herdamos isso. Vivemos isso. Como consequência, somos obrigados a ralar no trabalho, sentimos dores no parto e colhemos espinhos e abrolhos. Ou seja: vamos sofrer. É a vida que nossos antepassados  nos legaram, alea jacta est. É quando chega um pregador da Teologia da Prosperidade e diz que esse sofrimento que injetamos em nosso DNA espiritual pode ser anulado em vida. Só que não, lamento informar, não pode. Mas pode ser anulado na morte.
Em Apocalipse 7, a partir do versículo 14, a Bíblia promete o fim do sofrimento para “os que vêm da grande tribulação”:  “Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima“. Que linda promessa! Sim, mesmo aqueles que passarem pela maior das tribulações aqui na terra terão seus olhos enxutos pelo Rei dos Reis! Que impressionante! Que bela esperança. Sim, pararão de sofrer… só que na hora certa.
Ainda no livro de Apocalipse, no capítulo 21, versículos 3 e 4, vemos que o “pare de sofrer” é explícito: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram“. Parafraseando: “Vamos parar de sofrer quando as primeiras coisas passarem”.
Quando leio essa passagem, tudo o que desejo é me lançar com o rosto no pó e repetir no minimo umas cem mil vezes “obrigado, Senhor”. Se nós, cristãos, refletíssemos com um pouco mais de profundidade acerca do que as Escrituras dizem, nossa segurança ante as agruras da vida seria multiplicada à enésima potência.
O resultado prático da aquisição dessa consciência seria uma Igreja muito menos murmuradora, muito menos lamurienta e que carregaria em si a mesma certeza que os mártires da Igreja primitiva carregavam e que os fazia serem trucidados por feras selvagens ou sofrerem as piores torturas sem gemer: já já vamos parar de sofrer. Um passo após a morte e pronto: toda dor sumirá. Todo choro cessará. Toda aflição se extinguirá.
A todos os justos Jesus concedeu, por exemplo, uma escritura definitiva do que, imagino, será um belo imóvel. Essa é a melhor “campanha da casa própria” que uma igreja pode oferecer aos seus fieis: pregar Jesus. Pois Ele prometeu aos que disser “vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” o seguinte: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E. quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também“. Que promessa magnífica! Que certeza deslumbrante. Sim, a eternidade ao lado do Mestre nos promete a chave da casa própria. Mas é muito importante frisar: depois. Não ainda. Não agora.
Pare de sofrer. Essa promessa me remete a imagens de alegria e gozo. Que é exatamemte o que Ap 19.7 aponta: “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro“. Ah, que casamento glorioso e indolor será esse! Aleijados, cegos, deprimidos, pobres, cancerosos, pacientes de hemodiálise, fibromiálgicos, aidéticos, torturados, assassinados, abusados sexualmente, espancados, vilipendiados, traídos, amargurados, bipolares, presidiários, desprezados, solitários, mal-amados e todo tipo de sofredor: todos reunidos numa grande celebração onde a única coisa que você não encontrará será justamente… sofrimento.
Sim, paradoxalmente essa é a mesma esperança do joio e do crente em Jesus: parar de sofrer. Só que o joio acredita nas falsas promessas de que o “pare de sofrer” aplica-se ao aqui e agora. Já o verdadeiro cristão sabe que nesta vida que é pura canseira e  enfado (Sl 90.10) o que nos espera são dores, aflições e sofrimento, pontuados por momentos felizes. E que o “pare de sofrer” virá. Mas virá somente quando dermos aquele tão misterioso passo além do glorioso momento em que nossos olhos humanos se fecharem para sempre.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
fonte: Blog Apenas de Mauricio Zagar
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Desde o surgimento da igreja neopentecostal, a frase ” Pare de sofrer” causa arrepios em qualquer cristão ortodoxo, que leve a Biblia a sério. Pois nós sabemos que uma igreja que pregue o Cristo que diz “aquele que quiser vir após mim tome sua cruz e siga-me” nunca diria que Jesus promete que você vai “parar de sofrer” nesta vida. Isso porque o Evangelho autêntico não nos promete apenas beneficios, mas sabe que seremos afligidos e exige de nós muitos sacrifícios. Afinal, dar a outra face, andar a segunda milha, orar pelos inimigos e perdoar quem nos faz mal não é pra qualquer um não, são exigências sacrificiais de um Deus que se sacrificou por nós. Diante disso, o que você, que busca a ortodoxia bíblica, falaria se eu dissesse que o lema da mais famosa igreja (?) neopentecostal,  “Pare de Sofrer”, é uma frase 100% canônica?
Calma, calma.  Antes que você ache que eu aderi a essa “igreja” neopentecostal e agora faço campanhas do óleo santo de Israel ou que frequento “cultos de milagres”, deixe-me explicar. Continuo tão ortodoxo, radical, dogmático e fundamentalista como antes – e, que me perdoem os moderninhos, mas não, esses termos para mim não são palavrões, não me ofendem nem um pouco. Pelo contrário, explicam conceitos teológicos claríssimos e nada antiquados ou ultrapassados que me orgulho de ter em meu cardápio teológico. Ou seja, Ortodoxo: continuo crendo na ortodoxia bíblica; Radical: continuo tendo minhas
raízes bem fincadas no terreno sólido da Palavra de Deus; Dogmático: continuo me guiando por dogmas bíblicos como Jesus sendo amor, a existência da Trindade e a pecaminosidade do homem; e Fundamentalista: continuo  tendo meus fundamentos cravados na Rocha inabalável que é Jesus de Nazaré. Mas, esta semana, num dos meus momentos de leitura bíblica, percebi que parte da humanidade foi feita de fato para parar de sofrer. Não agora. Não ainda. Mas sim, podemos prometer “pare de sofrer” a todo aquele a quem convidamos mediante a proclamação do Evangelho para uma vida em Jesus. Mas atenção, muita atenção: é uma promessa com hora marcada.
Na verdade, deixe-me fazer uma correção. A humanidade não foi feita para parar de sofrer, foi feita para não sofrer. Adão e Eva desconheciam o sofrimento. Vem o pecado e com ele a dor e suas variações. Herdamos isso. Vivemos isso. Como consequência, somos obrigados a ralar no trabalho, sentimos dores no parto e colhemos espinhos e abrolhos. Ou seja: vamos sofrer. É a vida que nossos antepassados  nos legaram, alea jacta est. É quando chega um pregador da Teologia da Prosperidade e diz que esse sofrimento que injetamos em nosso DNA espiritual pode ser anulado em vida. Só que não, lamento informar, não pode. Mas pode ser anulado na morte.
Em Apocalipse 7, a partir do versículo 14, a Bíblia promete o fim do sofrimento para “os que vêm da grande tribulação”:  “Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima“. Que linda promessa! Sim, mesmo aqueles que passarem pela maior das tribulações aqui na terra terão seus olhos enxutos pelo Rei dos Reis! Que impressionante! Que bela esperança. Sim, pararão de sofrer… só que na hora certa.
Ainda no livro de Apocalipse, no capítulo 21, versículos 3 e 4, vemos que o “pare de sofrer” é explícito: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram“. Parafraseando: “Vamos parar de sofrer quando as primeiras coisas passarem”.
Quando leio essa passagem, tudo o que desejo é me lançar com o rosto no pó e repetir no minimo umas cem mil vezes “obrigado, Senhor”. Se nós, cristãos, refletíssemos com um pouco mais de profundidade acerca do que as Escrituras dizem, nossa segurança ante as agruras da vida seria multiplicada à enésima potência.
O resultado prático da aquisição dessa consciência seria uma Igreja muito menos murmuradora, muito menos lamurienta e que carregaria em si a mesma certeza que os mártires da Igreja primitiva carregavam e que os fazia serem trucidados por feras selvagens ou sofrerem as piores torturas sem gemer: já já vamos parar de sofrer. Um passo após a morte e pronto: toda dor sumirá. Todo choro cessará. Toda aflição se extinguirá.
A todos os justos Jesus concedeu, por exemplo, uma escritura definitiva do que, imagino, será um belo imóvel. Essa é a melhor “campanha da casa própria” que uma igreja pode oferecer aos seus fieis: pregar Jesus. Pois Ele prometeu aos que disser “vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” o seguinte: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E. quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também“. Que promessa magnífica! Que certeza deslumbrante. Sim, a eternidade ao lado do Mestre nos promete a chave da casa própria. Mas é muito importante frisar: depois. Não ainda. Não agora.
Pare de sofrer. Essa promessa me remete a imagens de alegria e gozo. Que é exatamemte o que Ap 19.7 aponta: “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro“. Ah, que casamento glorioso e indolor será esse! Aleijados, cegos, deprimidos, pobres, cancerosos, pacientes de hemodiálise, fibromiálgicos, aidéticos, torturados, assassinados, abusados sexualmente, espancados, vilipendiados, traídos, amargurados, bipolares, presidiários, desprezados, solitários, mal-amados e todo tipo de sofredor: todos reunidos numa grande celebração onde a única coisa que você não encontrará será justamente… sofrimento.
Sim, paradoxalmente essa é a mesma esperança do joio e do crente em Jesus: parar de sofrer. Só que o joio acredita nas falsas promessas de que o “pare de sofrer” aplica-se ao aqui e agora. Já o verdadeiro cristão sabe que nesta vida que é pura canseira e  enfado (Sl 90.10) o que nos espera são dores, aflições e sofrimento, pontuados por momentos felizes. E que o “pare de sofrer” virá. Mas virá somente quando dermos aquele tão misterioso passo além do glorioso momento em que nossos olhos humanos se fecharem para sempre.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
fonte: Blog Apenas de Mauricio Zagar
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O abismo chamado hipocrisia


Um dos predicados que Jesus mais usou para (des)qualificar as pessoas durante seu ministério terreno foi “hipócrita”. Era o adjetivo principal que Ele utilizava para se referir aos escribas e fariseus, por exemplo. Nas minhas leituras da Bíblia acabei atentando para essa palavra e acabei me entreguando à reflexão acerca da hipocrisia. Aliás, tenho pensado bastante sobre o tema, a ponto de decidir devotar essa semana aqui no APENAS a posts sobre hipocrisia. E tenho pensado tanto sobre a minha hipocrisia quanto a das pessoas que me cercam. Não se espante de eu dizer “a minha”, porque quando se é honesto consigo mesmo é impossível não reconhecer que todos temos um pouco (ou muito) dela. Uns mais, outros menos, mas todos temos nossa dose desse mal, nem que seja em nome do bom convívio social. Não virar a mão na cara de uma pessoa que você sabe que está mentindo para você e ficar sorrindo para ela não deixa de ser um ato hipócrita, se você parar para pensar. Então, eu e você temos nossa cota de hipocrisia, admitamos. Afinal, não admitir isso seria… hipocrisia.
“Hipocrisia” vem do grego hupokrisía, vocábulo que tem o sentido de “alguém que desempenha um papel”. Ou seja, em resumo, hipocrisia tem a ver com fingimento. É uma coisa meio teatral, quando você finge ser, sentir ou pensar algo que não condiz com a realidade. Mas, mesmo sendo uma característica tão presente no ser humano como qualquer outro pecado, preciso reconhecer que ultimamente tenho visto tanta hipocrisia que chega a gerar em mim uma certa repulsa.
Algo que detectei no trato com pessoas que têm agido de forma hipócrita é que há quatro estágios de reação da sua parte quando você se depara com um ato de hipocrisia perpetrado por alguém que você conhece e com quem se preocupa:
1. Revolta
2. Exortação
3. Conformismo
4. Anestesia (esta geralmente vem acompanhada de um consequente afastamento).
É mais ou menos assim que ocorre quando alguém por quem você se importa embarca num comportamento hipócrita perene: primeiro você se revolta, acha um absurdo. “Como fulano consegue ser tão fingidor?! Como ele aguenta viver assim?!”. Depois vem a fase da exortação, quando você tenta chamar a pessoa à responsabilidade, faz o que está ao seu alcance para que ela abandone seus atos hipócritas e que vão acabar por machucá-la ou machucar terceiros, aconselha, fala, adverte, alerta para os problemas que aquilo causará. Mas, no instante em que você percebe que de nada adiantou admoestar e que a pessoa persiste em sua trajetória de hipocrisia, começa a etapa do conformismo. “É… fulano escolheu ser hipócrita mesmo, fazer o que, né?! Deixa estar”. Por fim, chega a anestesia. É quando você já se esforçou tanto e fez tudo o que estava ao seu alcance para libertar a pessoa com quem você se importa dos grilhões de seu fingimento que literalmente fica exausto. E percebe, enfim, que a pessoa tomou a decisão definitiva: viver a hipocrisia até o fim. É quando você desiste.
Infelizmente, isso acaba despertando em você uma boa dose de asco por tamanho fingimento, a ponto de te deixar meio anestesiado ao fato – talvez como uma casca protetora para proteger você de sentir o sentimento ruim que está sentindo. Se você assistiu ao filme Pink Floyd – The Wall vai entender um pouco do que estou falando: você se torna Comfortably Numb. É nessa hora que você larga a mão de quem insiste em pular no abismo e deixa pra lá. Como se dissesse: “Você persiste nessa atitude? Então quer saber? Azar o seu, colha os frutos amargos das suas ações”. Nesse ponto se dá a ruptura e a gente simplesmente sai de cena, entregando o ente querido à propria sorte. “Que Deus o ajude”, é o que resta dizer. E vamos cuidar da vida, esperando só o dia em que chegarão as inevitáveis notícias dos desastres ocorridos por causa daqueles persistentes atos hipócritas (é claro que oramos muito pedindo a Deus que isso não ocorra, mas é como a Bíblia diz: “Quem semeia corrupção na carne colhe corrupção na carne”. É inevitável.). Ou você acha que uma hipocrisia perene não traz infelicidade ao hipócrita? Ou você acha que hipocrisia passa impune?
Todos somos hipócritas, logo, não serei eu a atirar a primeira pedra. Mas há uma grande diferença entre os tipos de pessoas que praticam a hipocrisia: há o hipócrita que percebe suas escorregadas e se corrige e o hipócrita que, por mais que você advirta, persiste em levar adiante seu erro. Só que Deus não nos chamou para sermos hipócritas. E se você percebe que está vivendo atrás de máscaras, sorrindo quando queria chorar, dizendo “sim” quando deveria dizer “não”, fingindo ser quem você não é… meu irmão, tome uma atitude. Por quê?
Porque senão o seu modo de proceder em nada será diferente do modo dos escribas e fariseus que Jesus tanto condenou. E a quem chamou de sepulcros caiados.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
fonte: Blog Apenas de Mauricio Zágari

Um dos predicados que Jesus mais usou para (des)qualificar as pessoas durante seu ministério terreno foi “hipócrita”. Era o adjetivo principal que Ele utilizava para se referir aos escribas e fariseus, por exemplo. Nas minhas leituras da Bíblia acabei atentando para essa palavra e acabei me entreguando à reflexão acerca da hipocrisia. Aliás, tenho pensado bastante sobre o tema, a ponto de decidir devotar essa semana aqui no APENAS a posts sobre hipocrisia. E tenho pensado tanto sobre a minha hipocrisia quanto a das pessoas que me cercam. Não se espante de eu dizer “a minha”, porque quando se é honesto consigo mesmo é impossível não reconhecer que todos temos um pouco (ou muito) dela. Uns mais, outros menos, mas todos temos nossa dose desse mal, nem que seja em nome do bom convívio social. Não virar a mão na cara de uma pessoa que você sabe que está mentindo para você e ficar sorrindo para ela não deixa de ser um ato hipócrita, se você parar para pensar. Então, eu e você temos nossa cota de hipocrisia, admitamos. Afinal, não admitir isso seria… hipocrisia.
“Hipocrisia” vem do grego hupokrisía, vocábulo que tem o sentido de “alguém que desempenha um papel”. Ou seja, em resumo, hipocrisia tem a ver com fingimento. É uma coisa meio teatral, quando você finge ser, sentir ou pensar algo que não condiz com a realidade. Mas, mesmo sendo uma característica tão presente no ser humano como qualquer outro pecado, preciso reconhecer que ultimamente tenho visto tanta hipocrisia que chega a gerar em mim uma certa repulsa.
Algo que detectei no trato com pessoas que têm agido de forma hipócrita é que há quatro estágios de reação da sua parte quando você se depara com um ato de hipocrisia perpetrado por alguém que você conhece e com quem se preocupa:
1. Revolta
2. Exortação
3. Conformismo
4. Anestesia (esta geralmente vem acompanhada de um consequente afastamento).
É mais ou menos assim que ocorre quando alguém por quem você se importa embarca num comportamento hipócrita perene: primeiro você se revolta, acha um absurdo. “Como fulano consegue ser tão fingidor?! Como ele aguenta viver assim?!”. Depois vem a fase da exortação, quando você tenta chamar a pessoa à responsabilidade, faz o que está ao seu alcance para que ela abandone seus atos hipócritas e que vão acabar por machucá-la ou machucar terceiros, aconselha, fala, adverte, alerta para os problemas que aquilo causará. Mas, no instante em que você percebe que de nada adiantou admoestar e que a pessoa persiste em sua trajetória de hipocrisia, começa a etapa do conformismo. “É… fulano escolheu ser hipócrita mesmo, fazer o que, né?! Deixa estar”. Por fim, chega a anestesia. É quando você já se esforçou tanto e fez tudo o que estava ao seu alcance para libertar a pessoa com quem você se importa dos grilhões de seu fingimento que literalmente fica exausto. E percebe, enfim, que a pessoa tomou a decisão definitiva: viver a hipocrisia até o fim. É quando você desiste.
Infelizmente, isso acaba despertando em você uma boa dose de asco por tamanho fingimento, a ponto de te deixar meio anestesiado ao fato – talvez como uma casca protetora para proteger você de sentir o sentimento ruim que está sentindo. Se você assistiu ao filme Pink Floyd – The Wall vai entender um pouco do que estou falando: você se torna Comfortably Numb. É nessa hora que você larga a mão de quem insiste em pular no abismo e deixa pra lá. Como se dissesse: “Você persiste nessa atitude? Então quer saber? Azar o seu, colha os frutos amargos das suas ações”. Nesse ponto se dá a ruptura e a gente simplesmente sai de cena, entregando o ente querido à propria sorte. “Que Deus o ajude”, é o que resta dizer. E vamos cuidar da vida, esperando só o dia em que chegarão as inevitáveis notícias dos desastres ocorridos por causa daqueles persistentes atos hipócritas (é claro que oramos muito pedindo a Deus que isso não ocorra, mas é como a Bíblia diz: “Quem semeia corrupção na carne colhe corrupção na carne”. É inevitável.). Ou você acha que uma hipocrisia perene não traz infelicidade ao hipócrita? Ou você acha que hipocrisia passa impune?
Todos somos hipócritas, logo, não serei eu a atirar a primeira pedra. Mas há uma grande diferença entre os tipos de pessoas que praticam a hipocrisia: há o hipócrita que percebe suas escorregadas e se corrige e o hipócrita que, por mais que você advirta, persiste em levar adiante seu erro. Só que Deus não nos chamou para sermos hipócritas. E se você percebe que está vivendo atrás de máscaras, sorrindo quando queria chorar, dizendo “sim” quando deveria dizer “não”, fingindo ser quem você não é… meu irmão, tome uma atitude. Por quê?
Porque senão o seu modo de proceder em nada será diferente do modo dos escribas e fariseus que Jesus tanto condenou. E a quem chamou de sepulcros caiados.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
fonte: Blog Apenas de Mauricio Zágari
 
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